Repórter que sofreu assédio durante cobertura da Copa diz que é preciso reagir
Um torcedor russo tentou beijar Júlia Guimarães, da Globo, na frente das câmeras
A repórter da Globo Júlia Guimarães foi pega de surpresa neste domingo (24) antes do jogo entre Senegal e Japão na Copa do Mundo.
Enquanto gravava uma participação para um dos programas da emissora, a jornalista foi assediada por um torcedor russo, que tentou beijá-la a força.
Ao perceber a aproximação do rapaz, ela desviou o rosto e deu uma bronca nele, em inglês, dizendo que ele não podia fazer aquilo com uma mulher.
Sua reação repercutiu nas redes sociais e ela foi convidada a falar sobre o ocorrido no Mais Você desta segunda (25).
"Infelizmente isso aconteceu comigo pela primeira vez aqui na Rússia, duas vezes. Por sorte nunca aconteceu no Brasil", disse. Júlia comentou que sempre se questionou o que faria se um dia passasse por uma situação semelhante.
"Eu confesso que fiquei surpresa com a minha reação. Fiquei feliz e espero que esse tipo de reação sirva de exemplo e de reflexão para outras pessoas, porque muitos sofrem assédio", afirmou. "Espero que sirva de exemplo porque a gente tem que reagir, não pode deixar isso passar em branco. Agora é bola para frente."
A apresentadora do matinal, Ana Maria Braga, parabenizou a repórter pela atitude, destacando a importância de reagir ao assédio.
"É um problema que não tem nacionalidade, é uma questão de postura machista que tem que ser combatida", disse.
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