Televisão

Minissérie 'Lia' estreia na Record com trama bíblica de irmãs que brigam pelo amor de Jacó

Para especialistas, dramaturgia religiosa da emissora é um acerto

Raquel (Graziella Schmitt) ganhará o amor de Jacó (Felipe Cardoso) na minissérie "Lia"
Raquel (Graziella Schmitt) ganhará o amor de Jacó (Felipe Cardoso) na minissérie "Lia" - Record
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Leonardo Volpato
São Paulo

Estreia nesta terça-feira (26) a minissérie “Lia”, que fica na programação da Record até 9 de julho –quando será substituída pela novela "Jesus", com estreia marcada para dia 10. A história bíblica gira em torno de duas irmãs, Raquel (Graziella Schmitt) e Lia (Bruna Pazinato), que se casam com o mesmo homem, Jacó (Felipe Cardoso).

Porém, ele só terá olhos para a primeira e desprezará completamente Lia, o que a deixará arrasada. Na trama da autora Paula Richard, Raquel é criada pela irmã oito anos mais velha, após a morte da mãe de ambas. Porém, quando cresce, torna-se uma mulher fútil e mal-agradecida.

“Lia vive a clássica história do patinho feio que vira um cisne. Começa a história linda por dentro, mas não por fora. Até que se transforma. Em um tempo remoto, vemos uma mulher vivendo conflitos bem atuais. Ela é insegura, não é correspondida no amor, sofre com a ingratidão e é rejeitada pela família”, adianta Paula.

Tudo começa quando Jacó chega a Harã e é recebido por Labão (Theo Becker). Ele deseja ter uma mulher e se apaixona pela bela Raquel, filha de Labão. Mas, para tê-la, precisa trabalhar sete anos. Só que o sogro o engana e lhe dá Lia para o casamento. Jacó, então, a despreza e acaba desposando ambas.

"O Labão quer se desfazer da filha mais velha. Na época, uma vez que o casamento era consumado, não tinha volta”, conta Cardoso. “Ele não terá uma relação de amor com Lia. Já com Raquel será forte e enlouquecida", diz a autora. Mais para a frente, a cegueira que essa paixão causa nele acabará. “Jacó começará a enxergar Lia de forma diferente. Só quando ele for tocado por Deus é que entenderá."

De acordo com Paula Richard, a nova trama tem tudo para continuar agradando ao público. Ela conta que usará algumas licenças poéticas para dar mais drama às histórias. "Lendo a Bíblia, Raquel pode parecer a mocinha romântica, pelo fato de Jacó ter se apaixonado por ela à primeira vista. Mas nem todas as histórias são contos de fadas. A partir de alguns elementos, procurando ser o mais fiel possível, desenvolvo os personagens. Crio sobre a infância dessas mulheres, seus medos, suas qualidades e seus defeitos."

EMBATES

Se depender da atriz Bruna Pazinato, que vive a personagem-título da minissérie "Lia", a protagonista tem tudo para empolgar o público. Lia passa boa parte da vida cuidando e protegendo a irmã mais nova, Raquel (Graziella Schmitt). Porém, o que recebe em troca é rancor, ódio e ingratidão.

Na história, ambas se apaixonam pelo mesmo homem, Jacó (Felipe Cardoso), e viram esposas dele. "Lia e Raquel vão ter fortes embates no decorrer da minissérie", descreve a atriz. "Lia entende a missão de Jacó diante de Deus e pensa que, se lhe der filhos, ganhará o amor do marido. Mas, com o tempo, ela percebe que precisa encontrar o amor próprio antes de conseguir a paixão daquele homem."

Na narrativa de Paula Richard, Lia é uma mulher tímida, de muita força, fé e amor. Mas sua família a trata com hostilidade. Cansada de ser humilhada, ela resolve mudar. "A transformação da personagem fará com que essa mulher forte, sábia e amorosa saia de sua casca de timidez."

TRAMAS BÍBLICAS

Segundo especialistas em TV, a dramaturgia bíblica da Record é um acerto. A emissora vem fidelizando um público que gosta do enredo religioso. Para Elmo Francfort, diretor do Instituto Memória da Mídia, a tendência é que “Lia” siga empolgando. “Independentemente da religião de cada um, a Bíblia tem grandes histórias, com tramas bem elaboradas.”

Ele revela que fora do país há emissoras que apostam nesse filão religioso, porém, não como a Record. “Há séries e até desenhos animados bíblicos no exterior. Mas a emissora brasileira inovou ao fazer isso de forma contínua e em forma de superprodução.”

O pesquisador de TV Fabio Wajngarten completa: “É inovador pelo fato de as novelas serem extremamente bem realizadas e porque a população clama para ver histórias de valores e princípios."

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