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Personagem de triângulo amoroso em 'O Outro Lado do Paraíso', Patrícia Elizardo diz que função é 'fazer contraponto'

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Patrícia Elizardo vive a médica Tônia, em “O Outro Lado do Paraíso - Divulgação
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MARCO DE CASTRO - DO AGORA

Carioca de 32 anos, Patrícia Elizardo, que interpreta a médica obstetra Tônia, na novela "O Outro Lado do Paraíso" (Globo), conta que quando era pequena já sabia que seu destino seria trabalhar como artista.

"Tenho uma personalidade muito sensível. Desde criança, quando fazia balé, eu entrava no teatro e sentia que ali era o meu lugar. Essa sensação nunca passou. Aquele frio na barriga que eu sentia ainda é o mesmo", conta a atriz, que posteriormente estudou teatro e trabalhou em mais de 20 peças, entre espetáculos amadores e profissionais.

"É no teatro que o ator se renova, amadurece. Ele nos faz pensar", diz a atriz, que até recentemente esteve em cartaz no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro com a peça ELA, que aborda a doença neurodegenerativa esclerose lateral amiotrófica. "É um trabalho maravilhoso, que me enche de orgulho. Estar nos palcos mostrando um tema tão importante e pouco discutido é essencial e me motiva enquanto atriz", comemora Patrícia, que, além da atuação nos palcos, passou cinco anos trabalhando com o famoso preparador de elenco Sérgio Penna, da Globo.

"Ele tem um trabalho muito singular. É um estudioso profundo da alma humana, um dos grandes mestres da minha vida. O tempo que passei com ele foi um período de muita dedicação e de grande aprendizado", elogia a atriz, que após essa experiência, passou a conseguir pequenos papéis em novelas da emissora, como "I  Love Paraisópolis" (2015) e "A Regra do Jogo" (2015-2016).

Atualmente, ela comemora o seu primeiro papel de destaque, na novela das nove. "Fiz o teste e fui aprovada. A princípio, era para um outro núcleo, mas acabei virando a Tônia [risos]. A vida do ator é trabalhosa, passamos por muitos testes. Já recebi inúmeros nãos, mas esse foi um sim. Um lindo e amoroso sim", diz ela, que, na trama, forma um triângulo com os personagens Bruno (Caio Paduan) e Raquel (Erika Januza).

"Torço muito pela Tônia. Meu trabalho é sempre encontrar a melhor forma de defendê-la. Porém, acho que Bruno e Raquel representam algo maior, porque têm ao redor deles a temática de um assunto social importante. Minha função na trama é fazer um contraponto à relação dos dois", afirma, referindo-se ao casal inter-racial que foi separado por influência da mãe racista do jovem, Nádia (Eliane Giardini).

EXPERIÊNCIA INTENSA 

Para interpretar a médica obstetra, a atriz conta que acompanhou partos em um hospital. "Foi umas das experiências mais intensas da minha vida. Acompanhei muitas ginecologistas obstetras, que se tornaram meus ídolos. Foram 12 horas de plantão em uma maternidade pública do Rio de Janeiro, um clima de guerra. Elas fazem milagres para dar conta de todo o trabalho. Eu acompanhei sete partos."

Quanto ao futuro, a atriz diz que pretende voltar ao teatro com a peça ELA em 2018 e que já está na pré-produção de outro espetáculo. "Além disso, quero continuar fazendo televisão. Eu amo ser atriz, é o propósito da minha vida, independentemente da linguagem", diz ela, não descartando trabalhar também no cinema e fazer séries.

 

A reportagem foi publicada na "Revista da Hora", do jornal "Agora".

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