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'O 'book rosa' entrou no vocabulário nacional', diz corroteirista de 'Verdades Secretas'

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Com uma história forte, "Verdades Secretas" (Globo) obteve êxito ao trazer à tela temas polêmicos com tom didático —a prostituição no mundo da moda retratada na trama apresentou o termo "book rosa" a quem não é da área.

Entre os pontos marcantes —vale citar a estreia de Camila Queiroz na TV e todos os "nudes" que bombaram na internet—, se destacou a atuação de Grazi Massafera, transformada para encarnar Larissa, ex-modelo que tem a vida degradada pelo vício em crack, o papel mais importante de sua carreira.

Para escrever o drama do triângulo amoroso edipiano, envolvendo mãe, padrasto e filha —e todos as histórias paralelas—, Walcyr Carrasco teve a ajuda de Bruno Lima Penido, iniciante na carreira na dramaturgia, que já estreia com pompa na Globo.

"A novela tem dado bastante o que falar, as pessoas comentam, torcem, estão realmente envolvidas com a história. O termo 'book rosa' entrou de vez pro imaginário e pro vocabulário nacional, né? É um bom termômetro", disse em entrevista ao "F5".



Leia a entrevista

F5 - Qual foi sua trajetória até chegar a trabalhar com Walcyr Carrasco? Qual a hierarquia entre vocês?

Bruno Lima Penido - Na novela, sou autor colaborador do Walcyr, que é o autor principal de Verdades Secretas. Walcyr é o dono da história, é o mestre. Como colaborador, eu contribuí de diferentes formas para a novela, de acordo com o que ele precisava. Fui convidado a trabalhar com ele depois da oficina de autores e depois de um projeto de seriado que ajudei a criar. A Maria Elisa Berredo, que também escreveu "Verdades Secretas", conheceu o meu trabalho durante a criação desse seriado e sugeriu meu nome para o Walcyr. Ela é uma autora maravilhosa, muito experiente, participou de várias novelas de sucesso, entre elas "Senhora do Destino". A equipe de autores acabou sendo apenas nós três: Walcyr, Maria Elisa e eu. Aprendi bastante com os dois.

Qual sua experiência com o tema da novela —o mundo da moda e da prostituição?

Nunca fui modelo, nem fiz book azul [termo para o "book rosa" masculino] (risos). Mas pesquisei sobre o tema, li a respeito e também conversei com pessoas do mercado.

Qual foi o processo de criação das personagens? Como é o processo cotidiano de lapidação dos papéis?

A criação dos personagens, nesse caso, foi do Walcyr. A Maria Elisa Berredo e eu, ao longo da novela, tentamos ajudar a fazer esses personagens do Walcyr ainda melhores, mais complexos, mais interessantes e mais humanos. Então sinto que um pouco de mim também está em cada capítulo, em cada cena.

Qual era a expectativa de audiência da novela?

Em termos de números não sei dizer, mas estamos muito satisfeitos com os resultados e, sem dúvida, "Verdades Secretas" é avaliada como um sucesso. A novela tem dado bastante o que falar, as pessoas comentam, torcem, estão realmente envolvidas com a história. O termo 'book rosa' entrou de vez pro imaginário e pro vocabulário nacional, né? É um bom termômetro.

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