Para agradar os jurados durões do "MasterChef" (Band), é preciso surpreender. Alguns candidatos, porém, levam essa máxima, digamos, a sério demais —e acabam entrando na esfera da esquisitice.

Terminada a primeira fase da temporada 2015 do reality culinário (que ainda reúne cozinheiros amadores e hipotéticos), o "F5" selecionou os quitutes mais estranhos já apresentados até agora no programa.

Tem coxa de um pobre jacaré, a injusta "gourmetização" do sarapatel e até um pudim de peixe (!).

1. Hambúrguer monstro

Tudo que a blogueira Clara queria era dar uma "gourmetizada" na tradicional cozinha mineira, mas —como os jurados do "MasterChef" (e a vida) nos ensinam a cada novo episódio— essa quase sempre não é uma boa ideia. A moça acabou criando um monstro.

Seu hambúrguer de frango caipira gigante recheado com queijo canastra ficou mais para "lanchinho depois da balada" (para umas quatro pessoas) do que para prato chique. Para completar, ela achou que seria legal acrescentar purê de banana da terra ao sanduíche ("para substituir o ketchup", explicou) e serviu batatas rústicas cruas, o que irritou Paola Carosella, a musa.

2. Amizade + Paixão + Alegria = Decepção

O quitute "Felicidade" (composto por "amizade, paixão e alegria", segundo a autora) da médica Deise estava mais para "decepção", na opinião de Erick Jacquin. Apesar do nome e da apresentação rebuscada (ou seria cafona?), o prato era composto só por dois canapés de queijos e uma bebida esquisita feita com gengibre, cravo, anis estrelado, mel, canela e água de coco.

3. Coxa de jacaré

Entre as poucas dores de ser jurado de um reality show culinário, sem dúvida está a obrigação de provar iguarias, digamos, desnecessárias. A coxa de um pobre jacaré foi parar dentro da frigideira e, depois, ao lado de uma boa porção de purê de mandioquinha (o acompanhamento mais popular entre os candidatos a chef).

"Parece um prato de circo, né?", definiu bem Jacquin

2. Sarapatel 'gourmetizado'

Mais uma tentativa de "gourmetizar" a culinária regional acabou se tornando uma ofensa aos admiradores da boa comida "pesada" nordestina. O maravilhoso conceito do sarapatel —prato geralmente preparado com vísceras de porco— ganhou farinha não depois (como manda o estatuto), mas durante o cozimento.

Virou um pesadelo, ou melhor, uma gororoba. O próprio autor do quitute, o assessor parlamentar Everton, reconheceu: "Acho que fui um pouco abusado".

1. Pudim de peixe (!)

Não há palavras para definir a ousadia do mordomo Genivaldo, que gosta muito de pudim e de peixe, então, é claro, resolveu fazer um pudim de peixe (!). Uma decisão óbvia, não é mesmo? Embora Paola tenha garantido que ele não é o primeiro a tentar a façanha, o rapaz concluiu que criou algo inédito após vasta pesquisa no Youtube e pensou até em patentear o prato.

Mas, infelizmente, o sonho acabou. Na hora de desenformar, o quitute se esparramou pelo prato. Uma pena.