'Meu pai não tinha depressão', diz filho de Chorão dois anos após morte do cantor
Dois anos após a morte do pai, Chorão, Alexandre Magno Abrão afirma que o pai não sofria de depressão, como se falou na época da morte.
"Ele não estava depressivo, não. Meu pai tinha vários projetos futuros. Meu pai gostava de viver. O que aconteceu com ele foi uma fatalidade, que pode acontecer com qualquer um. No caso dele, não foi a dependência química, foi rock'n roll. Sabe como dizem: sexo, drogas e rock'n roll", disse o jovem, de 25 anos, em entrevista à RedeTV!.
Filho único do líder do Charlie Brown Jr., Alexandre falou sobre a dificuldade de superar a morte do pai.
"Esses dois últimos anos foram extremamente difíceis para mim. Dia 6 de março foi, sim, o pior dia da minha vida, mas estamos aí, vivendo, lutando, de pé, não podemos ficar parados em casa esperando as coisas acontecerem. Uma coisa que meu pai queria é que eu fizesse o meu melhor para tentar deixar o nome dele onde está hoje. Ele sempre dizia: 'Não quero ser esquecido'", conta.
CHAMPIGNON
Alexandre também falou sobre a relação com o baixista Champignon, que se suicidou cerca de seis meses após a morte de Chorão.
"Champignon era o meu tio mais velho, porque ele era o mais novo da banda e quando íamos juntos em turnê, meu pai até falava que tinha um pouco de ciúmes da minha amizade com ele. Eu contava muita coisa de moleque para ele e não contava para o meu pai, porque ele era o meu pai. Respeito, né?", lembra ele.
Para Alexandre, Champignon se suicidou por não aguentar a pressão.
"Antes de tudo acontecer, meu pai já tinha falado em vida: 'Eu vou parar, estou cansado, vou tirar um tempo disso tudo. Champignon, você vai cantar, cuidar da banda, cuidar do meu filho, cuida disso tudo'. Ele falou tudo isso saindo de um dos últimos shows que fizemos juntos, na van. Isso caiu muito pesado em cima do Champignon, porque ele ouviu o cara falando: 'Se acontecer alguma coisa comigo, é você que assume. Eu quero você ali e é isso aí'. Ele não queria tomar o lugar do meu pai. Ele só estava ali realmente fazendo o último desejo que o meu pai pediu para ele."
Ainda na entrevista, Alexandre revela como está cuidando dos projetos do Chorão e adianta detalhes da produção do filme "O Cobrador", escrito pelo próprio cantor antes de falecer, e o musical "Dias de Luta, Dias de Glória", que estreia dia 13 de março, baseado na história do cantor e na visão que ele tinha da banda Charlie Brown Jr.
Com apresentação de Tatola Gôdas, Dennys Motta, Angelo Campos e Ricardinho Mendonça, a entrevista completa vai ao ar no "Encrenca" do próximo domingo (8), às 20h, na RedeTV!.
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