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'Na rua, consigo criar mais', diz Mauricio Meirelles que perdeu bancada do 'CQC para Calabresa

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No "CQC" desde 2011, faz tempo que Mauricio Meirelles, 30, não pode ser descrito como novidade da produção.

"Virei, ao lado do [Felipe] Andreoli e do Oscar [Filho], um dos repórteres mais experientes", afirma ao "F5".

No entanto, o humorista promete surpreender no retorno do programa da Band, a partir da próxima segunda-feira (17).

Além das novidades —como a contratação de dois repórteres e da chegada de Dani Calabresa à bancada—, Meirelles ganhará um quadro.

Intitulada "50 x 50", a atração traz famosos realizando apostas com desconhecidos nas ruas.

"Como os artistas costumam falar, o quadro é um presente do diretor", diverte-se ele.

"A direção quis me dar um quadro por causa da minha atuação com as celebridades, minha boa relação com os famosos. É uma puta aposta do programa para esse ano."

O humorista explica como funciona a atração: "Na rua, avistamos uma pessoa eu faço uma aposta esdrúxula com o artista. 'Será que aquele cara tem camisinha na carteira, sim ou não? Ou tem unha do pé podre? A aposta vale R$ 50. É um quadro de apostas imbecis e esdrúxulas".

Segundo ele, apenas uma celebridade se recusou a participar, até agora. "Foi o Inri Cristo. Disse não, porque não mexe com dinheiro. Descobri que não tenho nenhuma rejeição. É um quadro para brincar junto."

BANCADA

Quando Oscar Filho anunciou que deixaria a bancada do "CQC", em dezembro, Mauricio Meirelles chegou a disputar a vaga com André Vasco, Márcio Ballas e Dani Calabresa. A posição acabou ficando com Calabresa.

"Disputei sim, mas fiquei feliz pela Calabresa, acho que ela tem tudo a ver com o papel. Se eu saísse da reportagem para a bancada, perderíamos na rua. Ela supre muito melhor", faz média o humorista.

Mas na bancada tem mais "merchandising", certo?

"Sim. E, por isso, eu fiquei puto. Só fiquei chato, porque vou trabalhar mais e ganhar menos", brinca Meirelles. "De verdade, gosto mais de reportagem do que bancada. Nas ruas, eu consigo criar mais."

Crédito: Na Lata/Folhapress Maurício Meirelles, integrante do "CQC", discoteca na festa "Menstruação", no Kitsch Club (zona sul de SP)
O CQC Maurício Meirelles

ANO CHEIO

Mauricio Meirelles reconhece que 2013 não foi um grande ano para o "CQC".

"A TV em geral deu uma caída de audiência. A internet, veio o Porta dos Fundos etc. O 'CQC' tem uma fórmula, mas vamos renovando. O ano passado foi difícil de fazer TV, não havia pautas fora os protestos. Mas o 'CQC' ainda é um programa com muita dimensão, notoriedade", diz.

"Nesse ano, teremos eleições, Copa do Mundo. Política continua sendo o principal assunto do programa."

CARIOCA PAULISTANO

Nascido no Rio de Janeiro, Meirelles mora em São Paulo desde 1998.

Formado em publicidade, desde 2007 largou a carreira em agências para se dedicar à comédia.

Foi redator do programa "Legendários" (Record) e roteirista da peça "Labutaria", com o CQC Marco Luque.

Também integra o elenco do show "Comédia ao Vivo" e faz espetáculos de stand-up comedy, como o "Não Leve a Sério".

Além disso, se especializou em fazer apresentações para eventos corporativos.

"É a minha forma publicitária de estar no palco. Antigamente, recebia dinheiro para fazer slogan, agora eu recebo para fazer piada. Isso existe desde o Renascimento, os artistas recebiam para pintar os quadros", afirma.

Questionado se fazer piada sobre encomenda não tira a criatividade, ele nega.

"A piada não está no palavrão, não está na escatologia. E meu humor é ácido, mas não dou porrada."

Também tem um canal de vídeos no YouTube, onde apresenta o "Facebullying", quadro que faz parte do espetáculo "Não Leve a Sério".

Em dois meses o canal de Meirelles cresceu de 7.000 inscritos para mais de 50 mil e os vídeos atingiram quase 2 milhões de visualizações.

"Aproveitei as férias do "CQC" para gravar mais vídeos. Viu estrear uma segunda temporada com oito episódios", conta.


Com tantos projetos, ele também sonha em ter um programa solo, como ocorreu com Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marco Luque e Felipe Andreolli —os dois últimos tiveram suas atrações canceladas por baixa audiência.

"Recebo muitas propostas de TVs fechadas. Mas meu contrato me impede de trabalhar na Band e na Globosat, por exemplo. Não quero ainda abrir mão do 'CQC'", conta.

"Gostaria muito de um dia de ter uma conversar com a direção da Band, mostrar uns projetos. Vim de publicidade, fui redator do 'Legendários'. Sei a dificuldade de se criar o projeto e virar em programa. O 'CQC' me deu notoriedade."

EX-COLEGAS

Sobre os ex-CQC, Monica Iozzi, Danilo Gentili e Rafinha Bastos, Mauricio Meirelles é só elogios.

"Tomara que o Gentili dê certíssimo no SBT", diz. "Isso vale para o Rafinha [Bastos] também. A expectativa da Band nele. Para mim, é sensacional. Quanto mais comediantes trabalhando, melhor para todos", afirma.

"Desde o começo, a Monica [Iozzi] dizia querer fazer outras coisas. Ela sempre deixou claro que queria ser atriz e, na Band, ela não teria oportunidade. Mérito para ela que foi para a Globo", finaliza.

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