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Lembre o que aconteceu nas novelas e vote nas melhores do ano

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O ano foi de experimentações na teledramaturgia brasileira. A Globo lançou como especial de 60 anos da telenovela no Brasil um remake de "O Astro" às 23h.

A medida conseguiu conter o aumento de audiência de "A Fazenda" na Record e acabou firmando o novo horário, que deve ser retomado em 2012.

Outra grata surpresa da emissora foi a interessante "Cordel Encantado", que provou que é possível mostrar tramas menos conservadoras no horário das 18h. Com produção impecável, a trama que misturava cangaço e contos de fadas conquistou telespectadores que não estavam habituados ao horário.

Na faixa das 21h, "Insensato Coração" patinou no ibope até a personagem Norma (Glória Pires) roubar a cena, enquanto "Fina Estampa" vem obtendo índices de audiência que há muito não se viam com sua trama popular sobre uma mulher simples que ganha na loteria.

Também houve apostas nas demais emissoras. O SBT lançou "Amor e Revolução", a primeira novela com a ditadura militar como pano de fundo, enquanto a Record obteve bons resultados com a trama intrincada de "Vidas em Jogo".

Crédito: TV Globo Norma, Léo e Natalie, de "Insensato Coração", e Griselda, Tereza Cristina e Crô, de "Fina Estampa"
Acima, Norma, Léo e Natalie de "Insensato Coração", e, abaixo, Griselda, Tereza Cristina e Crô de "Fina Estampa"


Crédito: João Miguel Júnior/TV Globo
O casal Pedro e Marina, de "Insensato Coração" (Globo)

Se, no geral, as novelas foram bem, não se pode dizer o mesmo dos mocinhos. Frequentemente, eles foram acusados de não causar nenhuma empatia no público.

Foi o que ocorreu em "Insensato Coração", em que o casal Marina (Paola Oliveira) e Pedro (Eriberto Leão) teve uma recepção bem fria devido às longas cenas em que conversavam muito e agiam pouco.

Sua substituta, "Fina Estampa", também não está muito bem servida de mocinha com a frágil Patrícia de Adriana Birolli.


Crédito: Alex Carvalho/TV Globo
Débora Bloch como Úrsula em "Cordel Encantado" (Globo)

Enquanto isso, os vilões fizeram a festa. Não teve quem não torceu, pelo menos um pouquinho, por eles.

Mesmo sendo o autor de diversas maldades, o bon-vivant Léo (Gabriel Braga Nunes) de "Insensato Coração" roubou a cena com suas armações.

Já a Tereza Cristina (Christiane Torloni) de "Fina Estampa" chama a atenção pela afetação e pelas frases de efeito, enquanto a Úrsula (Débora Bloch) de "Cordel Encantado" se redimiu com o tiro que levou no final da novela para salvar o capitão Herculano (Domingos Montagner).


Crédito: Lourival Ribeiro/SBT
Marcela e Marina trocam beijo em "Amor e Revolução" (SBT)

Além dos personagens tradicionais, como mocinhos e vilões, novas categorias estão surgindo nas novelas brasileiras.

Em 2011, novela que não tivesse pelo menos um personagem gay –assumido ou não– na trama. Aliás, foi o ano do primeiro beijo lésbico, protagonizado por Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre) em "Amor e Revolução".

Na Globo, o afetado Crô (Marcelo Serrado) esbanjou simpatia em "Fina Estampa" e Rony (Leonardo Miggiorin) se destacou entre os diversos homossexuais mostrados em "Insensato Coração".


Crédito: Renato Rocha Miranda/Globo
Carolina Dieckmann como Teodora em "Fina Estampa"

Outra categoria de personagem que parece ter chegado para ficar nas novelas é a de periguete. As moçoilas meio barraqueiras e de roupa curta estão em alta.

Um fato que comprova o sucesso delas é que os figurinos mais procurados do ano na Globo foram os da Natalie Lamour (Deborah Secco) de "Insensato Coração".

Atualmente, há mais exemplos no ar, como a Cris de "A Vida da Gente" e a Teodora (Carolina Dieckmann) de "Fina Estampa".


Crédito: João Miguel Júnior/Divulgação/TV Globo
Flávia Alessandra na novela "Morde & Assopra" (Globo)

Com relação às tramas, muitas novelas apostaram no mistério para manter a audiência ligada.

O suspense sobre a identidade do assassino de Norma (Glória Pires) em "Insensato Coração" deixou o país roendo as unhas por alguns dias. Se quiser relembrar quem matou a personagem, clique aqui.

Já o segredo de Naomi (Flávia Alessandra) provocou um bolão até entre os atores de "Morde & Assopra" (Globo).

Na Record, a revelação de que a personagem Augusta (Denise Del Vecchio) é transexual deu o recorde de audiência a "Vidas em Jogo".


Crédito: Reprodução/TV Globo
Samir e Beatriz esquentaram temperatura em "O Astro"

A temperatura também subiu em 2011, com destaque para "O Astro". Guilhermina Guinle e Ellen Rocche, entre outras, fizeram a alegria da rapaziada, enquanto Thiago Fragoso e Henri Castelli, a da mulherada.

Com bom humor, as cenas de sexo de Eunice (Deborah Evelyn) e Ismael (Juliano Cazarré) ganharam a simpatia do público em "Insensato Coração".

Já em "Fina Estampa", Quinzé (Malvino Salvador) resolveu entrar pelado no mar. A gravação foi adiada por causa do excesso de pessoas tentando dar uma espiadinha.


Crédito: Michel Angelo/TV Record
Augusta (Denise Del Vecchio) e Regina (Beth Goulart) brigam

Foi um ano em que também sobraram sopapos para todos os lados. Inesquecível, por exemplo, foi quando Augusta aplicou uma chave de pescoço na rival Regina (Beth Goulart) quando ela ameaçou revelar seu segredo em "Vidas em Jogo".

Em "Fina Estampa", Griselda deu uma surra em Tereza Cristina depois de ela tentar impedir a novo-rica de comprar uma casa em seu condomínio.

Já em "Insensato Coração" Marina levou um tapão quando revelou à amiga Luciana (Luciana Machado) que estava apaixonada pelo noivo dela.


Crédito: Frederico Rozário/TV Globo
Marcela (Suzana Pires) não se deu bem em "Fina Estampa"

Agora, as cenas que causam maior repercussão —não tem jeito— são mesmo as de assassinatos.

Nessa categoria, destaque para Tereza Cristina entrando com uma peruca loira no hospital para sufocar a já agonizante Marcela (Suzana Pires) em "Fina Estampa".

Também causaram comoção a morte de Irene (Fernanda Paes Leme), atropelada por Léo em "Insensato Coração", e a de Valéria (Ellen Rocche), jogada no poço do elevador por Samir (Marco Ricca) em "O Astro".


Crédito: Divulgação
Beatriz Segall como Odete Roitman em "Vale Tudo"

Por fim, mas não menos importante, as reprises de novelas já exibidas anteriormente também deram o que falar. "O Clone" (2001) aumentou a audiência da faixa da tarde no "Vale à Pena Ver de Novo".

A mexicana "Marimar" (1994) ganhou destaque por derrotar a Globo e a Record, deixando o SBT em primeiro lugar de audiência, algo que há muito não ocorria.

Já "Vale Tudo" (1988) tornou-se novamente um grande fenômeno ao ser reprisada no Viva. A novela foi amplamente comentada nas redes sociais e deixou o recém-criado canal entre os mais vistos da TV paga.


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