Nerdices

Diretor de 'Assassin's Creed: Valhalla' diz que novo game é mais brutal, acessível e customizado

Eric Baptizat reflete sobre processo de criação do jogo, previsto para novembro

Jogo 'Assassin's Creed Valhalla', da Ubisoft

Jogo 'Assassin's Creed Valhalla', da Ubisoft Divulgação

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São Paulo

"Assassin's Creed: Valhalla" promete uma experiência completamente diferente do que já foi apresentado pela série de jogos mundialmente famosa. É o que diz Eric Baptizat, diretor do game, que afirma que existirão diferentes formas de aproveitar o novo título, cujo lançamento está previsto para 17 de novembro no PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5), Xbox One e Xbox Series X, além de PC (Windows) e Google Stadia.

"Nós damos mais e mais opções a cada jogo criado. Uma decisão nossa foi a de oferecer uma larga variedade de opções aos jogadores. As opções vão de dificuldade do jogo –que podem ser mínimas ou super difíceis–, à sensibilidade na exploração do mundo aberto, e ainda temos muitas funções para jogadores com deficiências", explica Baptizat. "Realmente, focamos em um game mais acessível a toda audiência."

Além dos diferentes níveis e funções, outro item apontado como grande diferencial é a customização. Já se sabe que será possível jogar "Valhalla" com um protagonista Eivor na versão feminina ou masculina, podendo trocar o sexo a qualquer momento do jogo, assim como suas skins, que avançam de acordo com o mapa. A personalização, aqui, pode ser usada para camuflagem ou proteção.

"Eivor não é bem-vindo em todos os lugares", brinca Baptizat, enquanto explica a narrativa do jogo. O protagonista viking tem como objetivo conquistar um espaço para seu povoado, batalhando com brutalidade contra inimigos –em algumas áreas, ilimitados ou até místicos– ou recorrendo à diplomacia para ser aceito em um território.

"Quando fizemos a pesquisa para o jogo, descobrimos que para os vikings era muito importante não perder pessoas", diz ele, explicando como aquele povo usava a inteligência, estratégias e alianças ao seu favor. "Essa eram formas de alcançar objetivos evitando as brigas."

Já nas batalhas, o diretor explica que foi importante incluir o sentimento da luta e recriar a brutalidade. De fato, o jogo conta com um modo de execução que remete ao "Mortal Kombat", com perfurações e desmembramentos, além de trazer funções como a lâmina secreta (“hidden blade”) e novas armas.

Baptizat acrescenta que a intenção desde o início foi recriar a tensão das guerras desde no modo "um contra um" até às batalhas em grandes grupos, explorando diferentes sistemas delas. Existiu também uma grande preocupação na recriação da cultura dos povos nórdicos, para além de suas expedições pela Inglaterra em um gigantesco mapa de jogo.

A propagação da ideia de "viver e morrer com honra" é apenas um dos atributos desta cultura descoberta durante a fase de pesquisa do jogo, mas o grande diferencial foi a inserção da mitologia nórdica e a narrativa das lendas vikings. "É muito interessante que nesse tempo e período os mitos e deuses faziam parte da vida cotidiana das pessoas. É bem diferente do que temos hoje. Eles eram parte da realidade, das crenças, e explicavam várias coisas”, diz Baptizat.

"Preciso admitir que nossa primeira impressão foi um pouco caricata", continua. "Procuramos muitas referências históricas, em livros etc, e parte da equipe até fez uma viagem para a Noruega e Inglaterra –e descobrimos que a Inglaterra é muito mais rica do que imaginávamos inicialmente, com seus mitos e lendas, além da terra fértil."

Com todo esse desenvolvimento, a intenção é dar ao jogador o máximo de liberdade e conforto possíveis, diz ele. "Trata-se de conteúdos completamente diferentes do que já foi visto na franquia. Queremos constantemente melhorar, e sermos os melhores possíveis. Com certeza, é algo que valorizamos."

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