Any Gabrielly conta expectativas para carreira solo e comemora poder falar de política
Cantora diz que prefere começar nova fase com fãs que tenham valores alinhados aos dela
Cantora diz que prefere começar nova fase com fãs que tenham valores alinhados aos dela
Em uma mistura de medo e desejo de ter mais liberdade, Any Gabrielly, 20, se prepara para dar o pontapé inicial em sua carreira solo. A cantora paulistana, que anunciou a saída do grupo transnacional Now United em setembro, diz estar ansiosa para o show de despedida –que acontece em novembro, em São Paulo– e já traça metas para serem exploradas no futuro.
Any adianta que cantará um pop "bem diferente do Now United", mas ainda não vai revelar em qual idioma pretende fazer suas músicas. "Até o meio do ano que vem quero ter lançado um álbum, na verdade, espero ter lançado mais que um. Espero ter feito alguns shows e ter sido reconhecida de alguma forma", completa em entrevista por vídeochamada ao F5.
Ela diz pretender que sua música seja autêntica com elementos dos estilos que mais gosta, como R&B e indie. Para isso, nessa caminhada individual, tentou não buscar referências em outros artistas, para seguir uma carreira realmente sua. "Não tem um caminho específico de ninguém que eu queira seguir. As músicas que eu mais me identifiquei saíram baseadas em uma ideia minha, sem inspiração em ninguém."
Agora, a cantora diz que sente mais liberdade para criar e ter mais controle de suas redes sociais –questão que a ajudou a decidir sobre se pronunciar politicamente nas eleições para presidente neste ano. "Nunca fui tão ativa quanto estou sendo nessas eleições, por medo de não saber falar ou falar algo errado", explica ela, que mora em Los Angeles há seis meses, mas sempre volta ao Brasil.
Porém, a artista diz acreditar que não é necessário um vasto conhecimento político para perceber que é necessário trocar o governo de Jair Bolsonaro (PL). "Mudar esse governo é uma questão de vida ou morte para muita gente neste momento. Prefiro começar minha carreira solo com pessoas que tenham seus valores alinhados com os meus, que acreditem no bem e no amor, do que com mais números."
Para um futuro mais imediato, Any se prepara para as apresentações de despedida do Now United. No Brasil, o show acontecerá em 19 de novembro, em São Paulo, no Allianz Parque (zona oeste da capital). "Vai ser um fechamento de ciclo muito importante para mim, e vai ser em casa, em São Paulo, o lugar onde eu cresci. A expectativa é que seja uma coisa memorável".
Além disso, ela irá se apresentar com o grupo em Portugal, nos dias 25 e 27 de novembro, na Altice Arena (Lisboa) e no Forum Braga (Braga), respectivamente. Abaixo, Any comenta mais sobre a decisão de deixar a banda e os desafios do início da carreira solo. Confira trechos editados da conversa.
Como foi o momento em que você decidiu deixar o Now United?
Eu estava sentindo medo em um momento inicial, por mais que eu soubesse que era a hora. Eu tinha muito medo de ser a escolha errada. Conforme foi passando o tempo, o medo foi virando um fogo, uma vontade de fazer dar certo. Agora não tem mais volta.
Quais as principais diferenças que você já está sentindo?
Quando estamos em um grupo, ainda temos essa margem de poder se apoiar em outras pessoas. Quando vemos alguma opinião sobre algo, é uma opinião geral, e agora é tudo centralizado em mim. Tudo o que eu fizer é sobre Any Gabrielly. É um pouco assustador no começo, mas estou me divertindo muito. Estou com a liberdade de criar o que eu quiser, tenho uma posse um pouco maior das minhas redes sociais… É como se não houvesse limites. Mas, enquanto eu não tiver a experiência do meu primeiro lançamento, ainda vou ter esse medo.
Você sofre muito com comentários na internet?
Tive uma época em que todos os comentários me afetavam, mais no começo. Não existe forma de se preparar para a pressão que recebemos. Depois, comecei a ficar mais confortável e a entender que certas coisas não afetam diretamente a minha vida.
Apesar de não buscar inspirações, tem algum nome com quem você gostaria de fazer parceria?
Gosto muito da Normani, e tem nomes que nunca saem do desejo: Rihanna, Beyoncé... É um sonho bem alto mesmo. E, no Brasil, eu amo a Iza e a Gloria Groove.
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