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Música

K-pop sai fortalecido da pandemia, com BTS no topo e com ingressos esgotados

Grupo popular da Coreia do Sul volta aos palcos nesta quinta-feira

V, Suga, Jin, Jungkook, RM, Jimin e J-Hope, membros do grupo de K-pop BTS - Aude Guerrucci - 21.nov.21/Reuters
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Sunghee Hwang
Seul
AFP

BTS, o grupo mais conhecido do gênero musical coreano K-pop, volta aos palcos da Coreia do Sul, nesta quinta-feira (10), pela primeira vez desde 2019, com todos os ingressos vendidos para três noites seguidas.

A pandemia de Covid-19 esvaziou as plateias e fez com que as casas de show ficassem fechadas, porém nem tudo ficou perdido para a música na Coreia do Sul: o grupo BTS ocupou esse tempo publicando sucessos, ampliando sua base de fãs e conseguindo lucros recordes.

Ainda que muitos integrantes tenham ficado adoecidos pelo coronavírus, o grupo manteve o ritmo de criação enquanto o mundo estava confinado, consolidando sua posição graças às transmissões ao vivo e aos vídeos criados pelos fãs, segundo os analistas.

"Mesmo que seja raro, creio que a pandemia pôde ajudar o BTS a incrementar sua presença mundial", afirma a "professora de K-pop", CedarBough Saeji, da Universidade Nacional de Busan (sudeste da Coreia do Sul).

"Muita gente estava enclausurada dentro de casa, buscando, desesperadamente, algo novo", acrescenta Saeji à AFP.

Suas canções entusiasmadas eram o antídoto "perfeito" para a depressão do coronavírus, detalha Saeji. Seus fãs, nascidos na era digital das lives por internet e da comunicação por redes sociais, não tiveram problemas em se adaptar à nova situação com a pandemia.

Porém, antes mesmo da pandemia, BTS já havia construído conexões muito fortes com seus seguidores (que se autointitulam "army", exército em português) graças às redes sociais. Por exemplo, para responder a sua base global de fãs, seus shows sempre eram transmitidos ao vivo.

E enquanto os ingressos para os shows se afundaram por todo o mundo por causa das medidas de luta contra a pandemia, a indústria musical viu como os lucros aumentaram com as músicas, em boa parte pelo maior número de inscrições nas plataformas de música, segundo o setor musical.

Desta forma, a empresa promotora do BTS, Hybe, obteve em 2021 uma cifra recorde de US$ 1 bilhão de dólares (quase R$ 6 bilhões).

Na verdade, seu maior sucesso "Dynamite", não existiria sem o coronavírus. "Queríamos transmitir uma mensagem de saúde e reconfortar os nossos fãs", declarou Jin, membro do grupo, à revista Esquire.

Durante a pandemia, depois de três membros adoecerem por coronavírus (outros se contaminaram mais tarde), o responsável da OMS (Organização Mundial de Saúde) Tedros Adhanon Ghebreyesus, os escreveu no Twitter para deseja-los uma rápida recuperação e recordar a importância da vacinação.

Esta mensagem provocou milhões de reações, o que leva a alguns especialistas a considerar o BTS (cujos membros estão todos vacinados) como "o vetor mais importante do discurso sanitário" nas redes sociais.

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