Urias, amiga de Pabllo Vittar, pede desculpas ao ex em nova música: 'Foi Mal'
Novo single da cantora tem apoio do projeto Vozes Negras do YouTube
Novo single da cantora tem apoio do projeto Vozes Negras do YouTube
Das passarelas para os palcos. Esse foi o caminho da carreira da cantora transexual Urias, 26, que lança nesta terça-feira (23) o clipe de seu novo single, "Foi Mal". Ele deve integrar o primeiro álbum de estúdio da artista, previsto ainda para esse primeiro semestre de 2021.
Nascida em Uberlândia, ela nem imaginava seguir carreira na música quando deixou a cidade natal há alguns anos. Queria desfilar, e chegou a percorrer as passarelas da Amapô no São Paulo Fashion Week. Mas a proximidade da música já existia, graças a sua amizade com a cantora Pabllo Vittar, 27.
As duas se conheceram ainda em Uberlândia, por amigos em comum, e Urias chegou a trabalhar como assistente da artista, além de ter feito uma parceira no álbum "Não Para Não" (2018) de Pabllo, além de impressionar nas redes sociais com covers como “Meu Mundo é o Barro”, do Rappa.
Hoje, Urias já acumula seus próprios sucessos, como os singles "Diaba" (2019) e "Racha" (2000), mas mantém a humildade em relação ao seu talento, e diz que está apenas começando sua carreira musical. “Eu era modelo e estou descobrindo muita coisa, descobri que é possível fazer música”, afirma.
Com "Foi Mal", ela arrisca algumas coisas novas e traz a batida R&B em um tom mais intimista e confessional, e pede desculpas a um amor que ela teria decepcionado. Segundo Urias, é inspirada em uma história real, que ela passou, pedindo o perdão de um parceiro a quem ela decepcionou.
“[A música] é sobre quando você decepciona alguém. No meu caso, sou eu pedindo desculpas ao meu parceiro, por tê-lo decepcionado", afirma ela ao F5 revelando que, durante o tal relacionamento, não sabia ao certo como reagir, "porque não sabia como é ser amada".
A composição é uma parceria da cantora com Number Teddie, de Manaus, e Hodari, de Brasília. Apesar de ter sido feita antes da pandemia, a música foi composta à distância, já que cada um mora num lugar diferente do país. Ela diz que ficou esperando o momento certo para lançar o trabalho.
“É um ritmo que eu nunca trabalhei, um trabalho autoral, uma música triste, para baixo, um R&B para você ficar curtindo quietinho, quando você está curtindo a ‘bad’. É essa a vibe”, explica a cantora. O clipe foi feito como curta-metragem e a narrativa gira em torno de um casal de celebridades em ruínas.
A direção de fotografia e arte reflete o caráter experimental da cantora em um filme que pretende reafirmar Urias como artista múltipla e quem sabe repetir o sucesso de “Diaba”, que tem 12 milhões de visualizações no YouTube e foi premiado por melhor direção de arte no BMVA (Berlin Music Awards) e indicado a melhor clipe no MTV Miaw 2020.
O clipe de “Foi Mal” faz parte do projeto Vozes Negras no YouTube, que reúne 132 artistas e criadores negros de várias partes do mundo que vão contar com recursos financeiros e mentorias da plataforma. A lista de selecionados inclui 35 brasileiros, entre os artistas estão Urias, MC Carol, Péricles e Rael.
O projeto foi lançado em janeiro nos telões da Olympic Boulevard, em Los Angeles, e da Times Square, em Nova York. “Eles que fizeram o possível para [clipe de “Foi Mal”] acontecer. Foi muito legal. Botaram minha cara lá na Times Square, quando eu imaginaria ter a cara estampada na Times Square”, diz feliz.
Urias afirma que lançará mais músicas do novo álbum nas plataformas digitais à medida que ficarem prontas, e diz que não gosta da sensação de que não está fazendo nada na pandemia “A gente que é artista já está muito privada do palco que é uma coisa que preenche em vários sentidos”, afirma.
"Foi Mal" não foi seu primeiro lançamento na pandemia. Em novembro do ano passado, a cantora lançou o single dançante “Racha”, que fala sobre força, irreverência e resiliência de uma mulher trans que luta pelo seu espaço. O videoclipe já tem mais de 1,1 milhão de visualizações no YouTube.
A discografia de Urias inclui alguns singles e um EP, lançado em 2019 e que leva seu nome. “Diaba”, uma das canções do projeto afronta o preconceito contra mulheres trans. “Muito prazer, eu sou o oitavo pecado capital. Tente entender, eu sempre fui vista por muitos como um mal”, canta logo no início.
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