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Música

Vitão transforma namoro com Luísa Sonza em música com Léo Santana: 'O amor me engoliu'

Música 'Samu' mescla trap, pop e pagodão e é aposta para o verão

Léo Santana e Vitão lançam a música e o clipe “SAMU” Divulgação/elektra

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São Paulo

Nada como o amor para direcionar a nossa mente para algo produtivo. Foi esse o pensamento do cantor Vitão, 21, ao compor sua nova música, "Samu", em homenagem à namorada, a cantora Luísa Sonza, 22, mas também a todas as mulheres. Mesclando trap, pop e pagodão, a canção foi lançada na noite desta quinta-feira (7) em parceria com Léo Santana, 32. Já o clipe saiu na manhã desta sexta (8).

“Ela é autobiográfica, tudo que eu escrevo é algo que estou passando. Estou me referindo à Luísa. Escrevi a letra quando estávamos começando a ficar", afirmou ele, que assumiu o namoro com a cantora em setembro de 2020. "Por isso que a letra fala de um cara que não quer se entregar ao amor, mas o amor me engoliu. Quando eu vi, estava mergulhado até a cabeça”, afirma o artista.

Em um trecho da música, fica evidente o que ele fala: “Meu mano, isso não funciona com essa mulher / tô mergulhado de cabeça e era só para molhar o pé / ela falou que se apaixonou e eu boto fé / como não se apaixonar, né?”.

“Nessa música eu uso minha linguagem pessoal. Me acostumei a ter um jeito doce, não só com mulheres, mas com qualquer ser humano. Sou cauteloso na maneira de falar e cortejar uma mulher [risos]. Até por estar falando da Luísa, tive muito carinho para me referir às mulheres”, reforça ele, que também aposta em uma junção nova de estilos, que ele vê como uma forma de abrir portas.

Para Léo Santana, poder aliar o pop e o trap, características de Vitão, com o seu pagode foi perfeito. Acostumado a fazer parcerias com os mais diferentes estilos, ele conta que dessa vez resolveu ousar.

“É essa mistura de ritmos que fará com que as pessoas curtam. Ela é a cara do Carnaval, do verão. Nosso segmento de pagode não costuma ousar e eu quis ter essa ousadia. Vai abrir a cabeça de muita gente. Vai dar outra visibilidade do que é o som do Nordeste”, opina o cantor conhecido como Gigante.

Para Léo Santana, o potencial da música é tão grande que pode até atingir outros países. “Queremos agradar gregos e troianos. Eu já venho ousando como artista e não gosto de ficar preso. Minha cabeça vai além, por isso que venho pensando em melodias novas e coisas inusitadas para ser visto com outros olhos.”

O clipe é bastante colorido como pede um hit do verão. As imagens foram gravadas em um casarão antigo e no meio da pandemia do novo coronavírus, mas, segundo os artistas, a equipe era reduzida e os protocolos de segurança foram todos respeitados. Só teve uma dificuldade, pontua o Gigante. “Os câmeras não conseguiam enquadrar o meu tamanho com o do Vitão. Ele tinha que ficar sempre um passo à frente”, diverte-se Léo, que tem mais de 2 metros de altura --Vitão tem 1,75 metros.

PLANOS PÓS-VACINA

Se depender do otimismo de Vitão e Léo Santana, "Samu" é apenas o ponta pé inicial em um ano promissor em relação a trabalho e saúde. Para eles, a chegada de uma vacina poderá melhorar as coisas para o lado da música. Léo Santana, por exemplo, diz que 2020 foi difícil.

“Queria que olhassem [os governantes] mais para nossa classe. Algumas pessoas veem o entretenimento só como diversão, mas é profissão com muita gente envolvida. Os bares estão bombando, aeroportos lotados e quando nós fazemos evento querem cancelar. Criticam muito o entretenimento como se estivéssemos nos divertindo apenas. Espero que possamos trabalhar com segurança”, diz o cantor baiano.

Nessa época do ano, Léo Santana já estaria a todo vapor se preparando para o Carnaval e participando dos festivais de verão. “Saudade dos festivais, mas enquanto houver esse tanto de morte não tem como. Nessa época do ano eu já recebia mensagens de pessoas querendo ingressos”, recorda.

Apesar das restrições, Léo afirma que tem projetos prontos para serem lançados assim que possível. Um deles é uma parceria com a cantora Malía. Uma música com direito a clipe deverá ser lançada entre fevereiro e março. “Também tenho um projeto de pagotrap [pagode misturado com o ritmo trap] todo gravado, mas não sei quando lançar”, emenda Santana.

Vitão também afirma ser só expectativa para 2021, após passar toda a quarentena compondo. “O ano de 2020 já deu uma amostra de que conseguimos continuar lançando coisas mesmo confinados e esse ano, após a vacina, vamos caminhar para um momento grandioso. Vamos realizar coisas grandes”, projeta ele, que promete um álbum novo e volumoso, só de inéditas. “Estou cheio de conteúdo.”

Outra vontade de Vitão é subir pela primeira vez em um trio elétrico durante cinco ou seis horas. E se depender de Santana, a estreia será no trio dele. “Quero performar essa música ‘Samu’ com o Léo em um trio elétrico lá para frente, com certeza, com a música já na boca do povo. A energia do Brasil é fogo”, diz Vitão.

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