Jay-Z tenta frear arbitragem com empresa de roupas Iconix citando preconceito racial
Iconix acusa Jay-Z de violar acordo de 2015 e exigiu arbitragem da AAA
O rapper e produtor musical Jay-Z iniciou um processo para deter uma arbitragem privada contra a empresa de roupas Iconix Brand Group, dizendo ser injusto que a companhia não tenha encontrado um mediador afro norte-americano para a disputa sobre marca registrada.
Em uma petição apresentada à Suprema Corte de Manhattan, o rapper multimilionário disse que, segundo a Constituição do estado de Nova York e uma lei de direitos humanos da cidade de Nova York, a falta de diversidade racial entre os mediadores da Associação Americana de Arbitragem (AAA) é discriminatória.
Não foi possível obter comentários da Iconix de imediato, e uma porta-voz da AAA não quis comentar. A disputa é a mais recente de uma série de confrontos legais resultantes da venda da marca de roupas Rocawear de Jay-Z à Iconix por cerca de US$ 204 milhões (R$ 786, 7 milhões) em 2007.
Desde então a Iconix deu baixa em quase todo o valor da marca, e em 2017 processou Jay-Z em um tribunal federal de Manhattan devido a direitos de marca registrada, um caso ainda pendente.
Em 2015, Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, e a Iconix resolveram algumas disputas e concordaram em tratar de reivindicações futuras por meio de uma arbitragem privada, de acordo com a petição do músico.
No mês passado a Iconix acusou Jay-Z de violar o acordo de 2015 e exigiu uma arbitragem da AAA. Mas Jay-Z disse que a AAA só encontrou três possíveis mediadores afro norte-americanos, entre as centenas que utiliza, para seu caso e que um já representa a Iconix em um litígio relacionado.
Ele argumentou que a falta de "mais que um número simbólico de afro americanos" invalidou o contrato da arbitragem.
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