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Mulher de 34 anos vive na 'Casa da Barbie' em Mogi das Cruzes

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Todo mundo que passa por ali reduz a velocidade para olhar melhor. Não raro, param para tirar fotos e filmar.

Afinal, é como se a Barbie em pessoa morasse naquela casa, com sete totens da boneca espalhados no jardim, em vez dos triviais gnomos.

A parede da casa, encravada em um condomínio de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), é toda pintada de rosa-azaleia, com um capacho rosa-choque na porta.

Dentro, duas rosas imensas pintadas nas paredes, um quadro com a Barbie-sereia, uma Barbie-fada pendente do teto e 19 bonecas sobre a mesa. Outra Barbie em tamanho natural está desenhada a lápis na parede (ainda) vazia.

Quem abre a porta é uma mulher de 34 anos, com longos cabelos loiros, olhos verdes e vestida com um blazer... cor-de-rosa.

Cristiane Pichetti, a dona da casa, é conhecida como "tia Barbie" pelas crianças que visitam ou moram no condomínio Aruã, com 1.300 casas de classe média alta.


Tudo começou quando Cristiane se mudou para lá, há quatro anos, e quis pintar a casa nova com a cor "rosa orquídea". Quase branco.

A tinta foi trocada por engano e, quando ela viu, a casa já estava toda pintada em um rosa bem mais forte.

Não se importou, porque essas cores são comuns em sua cidade natal, a catarinense São Miguel do Oeste. Ela própria viveu até a adolescência em uma casa rosa, que era conhecida entre os vizinhos como a "casa das bonecas". Era cheia de Barbies, com que brincava com as duas irmãs.

Ao decidir manter a cor, Cristiane passou a ouvir dos seguranças do condomínio que aquela era a "casa da Barbie". A notícia se espalhou, e as crianças da vizinhança começaram a aparecer pedindo para conhecer o lugar.

"Quando vi, virou ponto turístico", deleita-se ela.

Para compor esse "mundo rosa" e agradar as crianças, Cristiane, que fazia curso de pintura, fez o primeiro totem de uma Barbie. Tinha que ser retirado toda noite, para não estragar com o sereno e a chuva, mas acabou furtado.

Hoje, os sete totens feitos pelo pai de Cristiane, também pintor, ficam o tempo todo no jardim, protegidos da chuva por verniz e dos ladrões por duas câmeras de segurança.

Cristiane diz que todos os dias recebe visitas das crianças, que insistem para entrar. Pouco antes da chegada da reportagem, uma vizinha levou suas duas filhas para conhecerem a casa da Barbie, como "prêmio" por terem que ir ao dentista.

Elas deixaram um DVD da Barbie, que entrou para o inventário da coleção. Outras "fãs" deixam presentinhos (cor-de-rosa) e cartinhas para a Barbie na caixa de correio da casa.

Cristiane jura que o marido e os dois filhos adolescentes não acham ruim. Na hora do chimarrão, fecham a cortina para dar privacidade à família.

E como chegou a esse ponto de parecer um museu dedicado à boneca? "Vai indo, agradando o pessoal e nos agradando." Cristiane pensou até em colocar um fusca rosa na porta para enriquecer o cenário.

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