Coques deixam de ser penteado da vovó e voltam repaginados para a cabeça das famosas
Novo visual aparece mais bagunçado; veja como fazer
Os tradicionais coques, que já foram marca registrada das vovós e artifício para os dias de cabelos rebeldes, voltaram repaginados nos penteados das celebridades. Com a aparência mais desarrumada, eles podem vir no topo da cabeça, na lateral, a partir de um rabo de cavalo ou de uma trança.
Uma das principais responsáveis pelo retorno do penteado é a modelo Kendall Jenner, 22, que levou às passarelas o coque no topo da cabeça, conhecido como top knot. “Virou uma febre. Logo depois, Ivete [Sangalo] apareceu com o penteado no The Voice e a Marina Ruy Barbosa adaptou com franja”, afirma o cabeleireiro Marco Antônio Biaggi.
Cabelos lisos, crespos, longos ou médios podem arriscar o coque, a restrição fica apenas para quem tem fios muito curtos. O formato do rosto também não é impedimento, apesar de o coque deixar mais evidente rosto, pescoço e colo e, consequentemente, dar destaque a pontos de insatisfação das mulheres.
“Para quem tem o rosto mais cheinho e se incomoda com isso, a ideia é deixar alguns fios soltos ao redor do rosto, dá uma disfarçada. Também é possível dar destaque a outros pontos da cabeça, com um coque lateral ou bem em cima da cabeça”, diz o cabeleireiro Didier Sé, do salão Marcos Proença, e creative ambassadors da Redken no Brasil.
Para a atriz Aline Dias, 27, o penteado é uma opção para todas as ocasiões. “Cansei de ir ao shopping e passear na praia com coque. Durante o dia, uso mais despojados e, à noite, mais elaborado, esticado da raiz ou mais pro alto. Ele é certeiro, não tem restrição de horário e roupa”, afirma ela, que está no ar em “O Tempo Não Para” (Globo).
Dias elege o coque mais despojado como seu favorito: “Eu mesma faço, abro o coque com o dedo, solto um fiozinho da frente, perto da orelha”, descreve ela, que também tem usado os coques para esconder a transição do cabelo liso por química para o cacheado natural.
A receita de como fazer o coque ideal, no entanto, não é simples, já que nem os cabeleireiros são unânimes. Biaggi sugere um rabo de cavalo ou trança bem no alto da cabeça, antes de enrolar as madeixas e prender com grampos. Pomada para cabelos é recomendável na preparação e o dry shampoo, uma opção para a textura matte no final.
Segundo ele, é um cabelo ideal para o dia seguinte. Uma forma de reutilizar a escova da noite anterior ou mesmo um babyliss. No caso desse último, o coque deve ficar mais robusto, semelhante ao efeito daqueles feitos a partir das tranças. A pomada em pós também é uma dica de Biaggi para dar uma textura mais dust.
Já Renata Souza, hair stylist do spa Déia e Renata, recomenda que o coque seja feito sem elásticos. Primeiro puxar e enrolar o cabelo, para depois usar os grampos. Segundo ela, rabo de cavalo levará a um resultado arrumadinho. “Quando partir da trança, é legal soltar um pouquinho antes de enrolar”, diz ela, já sobre o efeito mais bagunçado.
Para quem ainda se preocupa em ficar com o cabelo parecido com o coque da vovó, Sé recomenda que sejam evitados os penteados que deixam o cabelo fofinho nas laterais da cabeça. Segundo ele, esse tipo de coque tende a parecer mais senhoril.
Outro alerta que os especialistas dão é para o exagero no efeito despojado. Sé defende o uso do coque como um contraponto, uma forma de dar um tom mais minimalista para um visual formal. “Não é um cabelo para usar de cara lavada. Corre o risco de ficar bagunçado demais. Precisa de uma make, Ray Ban, bocão”, acrescenta Biaggi.
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