Monólogo "Como Ter Uma Vida Quase Normal" retorna aos palcos com os dramas de balzaquiana
Em meio a um turbilhão de informações, personagem começa a se sentir sufocada e ansiosa
A mulher moderna, depois de passar por decepções amorosas, um fracasso profissional ou mesmo experiências nada convencionais na vida virtual, pode reagir de maneiras diferentes. Na peça “Como Ter Uma Vida Quase Normal”, que voltou aos palcos, Monique Alfradique faz um monólogo divertido onde interpreta uma mulher que permanece incansável tentando lidar e sobreviver com seus dilemas contemporâneos.
Independente, ela tenta fazer suas próprias escolhas, apesar da pressão constante da sociedade para que ela leve uma vida considerada “normal”. Ela começa, então, a questionar se deve se encaixar nesses padrões determinados.
Em meio a um turbilhão de informações que recebe todos os dias por meio da internet, ela começa a se sentir sufocada, ansiosa e impulsiva. Eu confesso que me identifico muito com essa personagem. “São histórias reais em que o público acaba tendo uma identificação imediata. Todos nós passamos por alguma situação divertida em algum momento de nosso cotidiano”, disse a atriz em entrevista à Globo.
Os efeitos da ansiedade na vida desta mulher aparecem sob o filtro de uma cabeça fervilhante, tudo com muito humor. A personagem ri de si mesma sem pudores. Ansiosa e caótica, ela busca encontrar a si mesma e descobre que talvez precise de muito menos do que imagina para ser feliz.
Com mais de 20 anos de carreira e 16 peças no currículo, Monique também produz o espetáculo e ajudou a escrever algumas esquetes. Na peça, que fala sobre a vida na faixa dos 30 e poucos anos, ela apresenta divertido número de sapateado e toca piano.
A peça, inspirada no livro “Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca”, de Camila Fremder e Jana Rosa, foi adaptada e dirigida pelo dramaturgo e ator Rafael Primot.
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