BBB 22: Ninguém merece vencer esta temporada, e prêmio deveria acumular
Eliminação de Gustavo foi só mais uma etapa rumo a um final chocho
Falta só uma semana. Mal consigo acreditar: apenas mais sete dias, e nos veremos livres da edição mais flopada do Big Brother Brasil da última década.
Todo mundo já sabe, há pelo menos duas semanas, quem será o grande vencedor dessa temporada. Até os participantes que ainda estão no reality da Globo parecem conformados com a coroação de Arthur Aguiar na próxima terça-feira (26).
Sim, o ator se saiu bem. Focou o jogo como nenhum outro, pensou estrategicamente e agiu muitas vezes mais com a razão do que com a emoção. Nem por isto escapou de ser um chato de galochas.
Presenteado com a fama de perseguido por Jade Picon, Arthur soube explorar essa dádiva com maestria. Voltou do quarto secreto acusando os amigos de não terem ficado tristes o suficiente com sua suposta eliminação. Os trouxas caíram nessa conversa, e passaram a tratar o ex-"Malhação" com ainda mais deferência.
O público também caiu. Arthur, apoiado aqui fora por sua mulher Maíra Cardi, conseguiu construir uma narrativa de redenção. Se até sua esposa o perdoou pelos 16 adultérios confessos, por que o Brasil não o perdoaria?
Narrativa foi o que faltou a Gustavo Marsengo. O paranaense entrou na casa com o jogo em andamento, trazendo preciosas informações de fora. Declarou desde o início que iria agitar a competição e chegou a se declarar "caçador de lollipoppers", mas jamais passou disso.
Mais do que seu envolvimento com Laís, eliminada com a maior taxa de rejeição desta temporada, o que pesou contra ele foi o fato de sua tática se resumir a "vou emparedar todo mundo, quero muito vencer". Cadê a história de superação? Cadê os obstáculos enfrentados na vida real, que o prêmio de R$ 1,5 milhão ajudaria a vencer?
Uma pena, porque Gustavo sabia ler o jogo. Quando percebeu a força dos rapazes do quarto Grunge, todos do grupo Camarote, tentou muito se unir a eles. Não rolou, talvez por não ser sócio-fundador. Mas sua segurança acabou saindo pela culatra: era visível sua surpresa e decepção ao ser eliminado nesta terça (19). Gustavo tinha certeza absoluta de havia chegado a vez de Eliezer, não a dele. Fuén.
A trajetória de Eli merece ser estudada. Sem jamais alcançar grande popularidade, ele já está entre os cinco primeiros colocados. Nada mau para alguém que, há pouco mais de um mês, teve sua expulsão exigida por vários internautas, depois de um suposto assédio sexual a Jessilane.
Nem ele mesmo acredita em tanta sorte. Continua perdido feito o proverbial cachorro que caiu do caminhão de mudança, sem saber de que lado o vento sopra. Também já é folclórico seu mau desempenho em quase todas as provas. Ter sobrevivido até aqui já lhe garante uma certa admiração.
Segundo as enquetes online, Eliezer agora disputa com Pedro Scooby a "honra" de ser o próximo defenestrado. O surfista é uma figura adorável, mas sua apatia diante do jogo foi uma das responsáveis pelo fracasso do BBB 22.
Pelo menos o ex-marido de Luana Piovani provocou boas risadas. O mesmo não pode ser dito de seu amigão Paulo André, a mais bela planta ornamental do BBB 22. Sem nunca se posicionar de maneira contundente, o atleta venceu várias provas e é o atual líder. Mas seu maior feito lá dentro foi o bromance engatado com Scooby, o relacionamento mais sólido desta edição.
Já Douglas Silva escapou por pouco de ser eliminado em diversos Paredões, e tudo indica que estará entre os quatro finalistas. O ator angariou muita simpatia aqui fora, mas não mais do que isto. Não tem pinta de vencedor do BBB.
Na minha humilde opinião, aliás, ninguém tem. Todos deveriam ser eliminados, inclusive o chato de galochas do Arthur Aguiar. Dessa forma, o prêmio acumularia para o ano que vem. Se o BBB 23 oferecer R$ 3 milhões para seu vitorioso, a próxima temporada talvez seja muito mais agitada do que esta.
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