BBB 22: Em vias de se tornar vilã, Jade perde protagonismo para Arthur e Natália
Sister insiste em estratégia equivocada e perde uma de suas aliadas
Era de se imaginar que, depois de duas décadas de Big Brother Brasil, os participantes já soubessem que é preciso jogar estrategicamente. Para vencer o reality, o cérebro é mais útil do que o coração. É importante avaliar cada movimento com cuidado, pois toda ação gera uma reação. E, principalmente, não indicar ao paredão apenas seus desafetos pessoais.
Jade Picon parecia ter aprendido esta lição. Ao se tornar líder pela primeira vez, a influenciadora distribuiu os benefícios a que tem direito entre quase todos os colegas. Convidou um grupo para o VIP, outro para o almoço do líder, outro para o cinema. Uma bela jogada política, para se indispor com o menor número de pessoas possível.
Ao indicar Arthur Aguiar ao Paredão, Jade também se justificou muito bem. Disse que queria testar a popularidade do ator, e que não tinha nenhuma rusga com ele. Mas foram só palavras. Depois da indicação, Jade deu um gelo em Arthur, o que só acirrou a animosidade dele.
Aí a paulistana conquistou a liderança pela segunda semana consecutiva, e ganhou uma oportunidade de ouro para corrigir sua estratégia. Só que não se corrige o que não existe. Jade ignorou o fato de Arthur ter voltado do Paredão, um sinal claro de que ele é forte aqui fora, e o indicou de novo. Criou um inimigo, à toa.
Pior. A moça se esqueceu que poderia haver contragolpe, e não deu outra. Arthur puxou Bárbara, aliada de Jade, para o Paredão. A gaúcha acabou sendo eliminada com 86,02% dos votos, o recorde de rejeição até o momento desta temporada.
O resultado é que Jade entrou em parafuso, e suas redes sociais agora estão sob intervenção do irmão Leo. O esforço visa ressignificar a narrativa da influenciadora, pintando-a como Jade Piton, uma vilã carismática como Carminha ou Cruella. Uma guinada e tanto para alguém que, duas semanas atrás, era apontada como uma das prováveis vencedoras do BBB 22.
Quem ganhou protagonismo foram justamente os dois brothers mais perseguidos. Arthur escapou com garbo de seu segundo paredão consecutivo, evidenciando uma torcida considerável. E Natália sobreviveu pela terceira vez, mostrando que é muito mais rejeitada lá dentro da casa do que aqui fora. Agora, então, está mais forte do que nunca, reforçando a imagem de mulher negra resiliente e batalhadora que resiste a qualquer ataque.
Ainda não entendi por que ela se tornou o alvo preferencial de tantos colegas. Natália é chata? É, às vezes, mas não é a única. A essa altura do jogo, os participantes já deveriam ter percebido que boa parte do público está do lado da designer de unhas. Correm o risco de repetir o erro da galera do BBB 5, que desperdiçou votos ao mandar Jean Wyllys para inúmeros paredões consecutivos, só para vê-lo sair triunfante daquela edição.
O fato é que o BBB é a Anti-Casa de Vidro. Quem está lá dentro não vê o que acontece aqui fora. É uma bolha hermeticamente fechada, sem interferências do mundo exterior, o que permite que os jogadores embarquem em leituras furadíssimas. Basta lembrar o caso de Karol Conká no BBB 21, crente que estava abafando até ser defenestrada com mais de 99% dos votos.
De qualquer forma, o BBB 22 continua em fogo brando. A expulsão de Maria foi justa e gerou algumas horas de comoção, mas a atriz fará falta a médio prazo. Resta saber se os recém-chegados Gustavo e Larissa conseguirão agitar a competição. Tenho cá minhas dúvidas.
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