Novos programas de TV fazem sucesso, mas não tanto quanto os antigos
Na Globo, o quadro "Show dos Famosos", onde artistas imitam outros artistas, é o de maior repercussão atualmente dentro do "Domingão do Faustão".
Só que a atração não é nova. Com o nome de "Esse Artista Sou Eu", o formato original da produtora Endemol já foi exibido pelo SBT em 2014, sob o comando de Márcio Ballas.
Na Record, Xuxa vem alcançando uma boa audiência com seu novo programa, "Dancing Brasil". É a versão brasileira de outro formato da Endemol, "Dancing with the Stars".
Só que este, na verdade, é uma adaptação do britânico "Strictly Come Dancing" - que, no Brasil, virou o quadro "Dança dos Famosos", com temporadas anuais no Domingão do Faustão desde 2005.
Enquanto isto, na rede americana ABC, o concurso de calouros "American Idol" irá ressuscitar no começo de 2018, pouco mais de um ano depois de encerrar sua 15a temporada pela Fox. A cantora Katy Perry será uma das juradas.
O fato é que o mais recente formato de enorme sucesso internacional continua sendo "The Voice", criado em 2010 na Holanda e logo adaptado mundo afora (no Brasil, pela Globo, desde 2012).
De lá para cá, muitos outros apareceram, e alguns até vão bem, obrigado. É o caso de "Power Couple", criado pela produtora israelense Dori Media e vendido para vários países (no Brasil já está na segunda temporada, exibida pela Record).
Mas nenhum se tornou um fenômeno como "Big Brother" ou "Survivor" (no Brasil, "No Limite"), que inauguraram a onda dos reality shows na década de 1990 e se espalharam feito vírus por todo o planeta.
O que está acontecendo? Não é crise de criatividade, pois não falta formato maluco por aí. Em "Sex Box", um casal transa dentro de uma caixa, em pleno palco. Em "Marriage at First Sight", dois estranhos se casam sem jamais terem se visto antes. Em "Dogs Might Fly", cães aprendem a pilotar aviões...
Mas o público vem se mostrando refratário a essas bizarrices. Parece que preferimos os programas mais simples, com regras já conhecidas. Haja vista a longevidade de clássicos como "BBB" (Globo) ou "Master Chef" (Band).
A disponibilidade de temporadas completas das mais diversas séries nos serviços de streaming também pode estar desviando nossa atenção. E a produção de ficção para a TV só aumenta, enquanto que a de variedades se mantém estagnada ou mesmo diminui.
Mesmo assim, vem novidade por aí. Como "Popstar", que estreia em julho na Globo, no lugar do não tão bem-sucedido "Superstar".
Na verdade, este novo formato, que foi desenvolvido internamente, lembra bastante o anterior, de origem israelense: também é uma competição entre bandas, só que agora lideradas por celebridades.
É assim, com a recauchutagem de antigas ideias, que a era dos grandes formatos parece estar chegando ao fim.
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