Rosana Hermann

BBB 22: O Brasil todo está vendo e scoobyzando. E você, já scoobyzou?

Brothers e sisters provocam ranço, preguiça e encanto entre os fãs

Pedro Scooby - João Cotta 2022/Globo
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Pensei em entrar nessa casa gritando iuhuuuuu, abraçando desconhecidos ou me jogando de joelhos no chão para parecer "do bem", mas deixemos a Pipoca para quem é Pipoca. Assim como você, eu sou parte do "Brasil que está vendo".

De todos esses meses que já se passaram entre a estreia do BBB 22 e este momento, dez coisas me marcaram:

1) o ranço-miojo pela Naiara Azevedo, que ficou pronto em 3 minutos, sem requeijão

2) a vontade de esfregar a cara do Lucas ‘Barão da Piscadinha’ no chapisco

3) a simpatia omicônica do Vyni, altamente contagiosa e nada fatal. E a coisa 4, bem, falo ou não falo?

Falo. Falo porque reality show é pra isso, pra gente sentir, adivinhar, acertar, errar, amar, odiar, julgar AND condenar as pessoas mesmo! O Big Brother nasceu de uma experiência de convívio, ele serve exatamente para questionar e aprender coisas sobre o comportamento humano, o deles e o nosso.

E mais, chama ‘reality’, mas não é "A" realidade da vida, é uma vida simulada, controlada, produzida, estimulada, transmitida, assistida e analisada por cada um de nós. Vamos ao número 4:

4) A intensidade irritante da Slow-vênia, que parece andar com uma legenda invisível a todo momento dizendo ‘eu amo física e matemática, portanto sou inteligente, MAS além disso eu também fui miss, portanto sou linda e gostosa, chupa essa Brasil, já ganhei, me adorem’.

Tá, ficou meio grande a legenda, mas foi o que eu senti assim, de cara. Mas, como eu disse, a graça do reality é a gente falar o que pensa sem medo de errar. Atire o primeiro big fone quem nunca julgou alguém e se enganou totalmente. A coisa 5 é… Maria

5) Maria, como ela canta bem! Que vibe boa, encantadora. É poesia acústica que fala?

O que me faz perguntar, vai ter noite de Karaokê? Com muito sakê, ofurô, whisky a go go e outras oxítonas? Queria.

6) Eliezer. Se for pra mim, diga que eu não estou. Eu sei, eu entrevistei Eliezer no programa de viagens Porta Afora que eu fiz, faço, fazia, farei, com Fábio Porchat. Mas isso foi antes do implante de cabelo, bigode, barba, antes da harmonização facial, então não sei se ele ainda é o mesmo. De qualquer forma, ele botou no currículo que foi preso no Vietnã, vamos respeitar.

7) Soube que Brunna recomendou o livro de memórias da Claudia Raia, chamado "Sempre Raia um Novo dia". Agora dificultou. Como falar mal de uma pessoa que recomendou um livro que eu escrevi a quatro mãos com a Claudia? Aguardemos.

8) Achei bom que as pessoas foram entrando aos poucos, nesse novo anormal. Aguardarei a Jade, pois assim como Vyni, nunca tinha ouvido falar.

9) Tadeu Schmidt: nasceu pra isso. Muito profissional. Eu sabia que existia um lugar de equilíbrio entre o Thiago e o Bial. Gostei muito do Dr. Schmidt. Espero que ele não caia do cavalinho.

E, para encerrar, a coisa 10 Pedro Scooby

10) Nunca fui Piovaner, mas confesso que a sororidade que habita meu ser mãe-mulher-feminista sempre me fez torcer o nariz uns 10 graus à boreste para o Pedro Scooby. Onde já se viu, um boa pinta surfista de 1,81m com nome de cachorrão de desenho, todo bem equipado esteticamente, cheio de recursos e habilidades, deixar na mão os três filhos, diminuir a pensão, deixar de pagar? Enfim, a gente via Pedro pelo lado Luana da força. Agora ele se mostra continuamente nas telas e as pessoas estão encantadas, muitas. No Twitter rolam confissões de ‘scoobyzei’, ‘totalmente scoobyzada".

Sim, tem gente que nem chegou; é cedo para saber, mas, oras, é BBB 22, nunca é tarde para palpitar.

Eu, por enquanto, caí dentro.
E você? Já scoobyzou?

Rosana Hermann

Rosana Hermann é jornalista, roteirista de TV desde 1983 e produtora de conteúdo.

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