Mariliz Pereira Jorge

Mulheres se tornam inimigas na disputa de macho no 'BBB'

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Sempre brinco que não entendo por que as mulheres ainda não dominaram o mundo, tal a nossa capacidade, força, criatividade, mas bastou uma semana de "BBB" para ter a resposta. Nós perdemos muito tempo na vida falando, sonhando e sofrendo por causa de homens. Mas antes vamos falar da maior treta que já se confirmou nesse início de temporada.

A semana foi marcada pela guerrinha declarada entre a bruxa Ana Paula e o drama queen Mahmoud. A cada dia ela se revela mais vitimista e malévola, ao mesmo tempo excelente manipuladora. Mais recentemente mostrou que é narcisista e que não tem espelho. Numa conversa com Patrícia sobre a beleza das "sisters", Ana Paula desdenhou em relação às outras e decretou que de rosto é a mais bonita, da casa. Alguém precisa parar essa menina.

 Mara, Nayara, Jaqueline e Jéssica, participantes do BBB 18
Mara, Nayara, Jaqueline e Jéssica, participantes do BBB 18 - Globo/Paulo Belote

Mahmoud, que me despertou simpatia desde o início, não demorou e deixar claro que não tem inteligência emocional, nem maturidade, para se tornar um vencedor e ainda passa a mensagem de malvado, coisa que está longe de ser. O terapeuta sexual não soube lidar com a coroa de líder e a experiência não foi boa para sua imagem dentro e fora da casa. Ele é sincero demais para um mundo que não está preparado para lidar com verdades. E ele diz muitas.

Mas voltando às mulheres. Elas fazem panelinha e já se detestam desde sempre quando percebem que vão disputar um macho. E foi isso que aconteceu quando Breno despontou como galã da casa, desde que Lucas é noivo e fiel. Ainda que essa fidelidade pareça tão firme quanto areia movediça.

Breno nem é essa lindeza toda, mas tem meia casa babando por ele e a disputa entre Ana Clara e Jaqueline está declarada. O problema é o chororô de todos os lados. No mundo ideal é lindo que as mulheres tomem a iniciativa na conquista, não tenham vergonha de mostrar desejo e lidem bem com sua sexualidade. O problema é fazer papel de trouxa e a insistência sem limite.

As investidas de Jaqueline em relação a Breno, se trocados os papéis e escrutinadas sob o ponto de vista de como as relações atuais estão sendo pautadas, poderiam ser encaradas como assédio.

Ele acorda e assim que chega à cozinha, Jaqueline não economiza nos elogios, assim como acontece na maioria das vezes em que o brother aparece com poucas roupas. É um meu deus do céu para cá, meu deus do céu para lá. Se fosse um homem, já tivesse chovido críticas sobre um eventual machismo.

E nessa disputa, vemos dentro da casa o que acontece na vida aqui fora. Mulheres obcecadas em conquistar um macho. Não relaxam, não falam em outra coisa, não curtem o momento, passam a festa inteira vidradas nos passos do moço como moscas em cima do bolo. É sempre um olho na festa e outro no bofe.

E com tanta oferta, Breno logo percebeu que seria bobagem perder tempo com Ana Clara e a marcação serrada do pai dela, Ayrton, e se atracou com Jaqueline. Pronto. O que se viu foi aquele roteiro manjado. De um lado, uma sister se achando o último biscoito do pacote, sem se dar conta de que é a opção que Breno tem para o momento. Do outro lado, choro, drama, coração partido, de uma Ana Clara rejeitada. E tudo isso em menos de duas semanas.

Mulher não se apaixona, mulher encasqueta. E no meio disso, o homem se diverte enquanto as trouxas sofrem e se engalfinham. Quem nunca?

Mariliz Pereira Jorge

É jornalista e roteirista.

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