Renata Vasconcellos se emociona na despedida de Glória Maria no JN
Globo exibiu mais de 7 minutos de aplausos em homenagem à jornalista, como nunca antes havia ocorrido
Nunca houve uma homenagem tão longa e intensa no Jornal Nacional como a que Glória Maria recebeu na edição deste 2 de fevereiro. A jornalista morreu nesta data, aos 73 anos, em decorrência de um câncer, no Rio de Janeiro.
Ao final do noticiário, pelo menos sete minutos contínuos de aplausos foram exibidos, somando as palmas nas redações da Globo do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Londres e Nova York.
Além dos jornalistas que trabalham por trás das câmeras, vários profissionais conhecidos pelo público engrossaram os aplausos, como Pedro Bial, com quem Glória trabalhou por longo período na apresentação do Fantástico, Renata Lo Prete, Sandra Annenberg, parceira de Glória no comando do Globo Repórter, Heraldo Pereira, Caco Barcellos, José Roberto Burnier, Sandra Coutinho, Guga Chacra e Serginho Groisman, entre outros nomes.
Antes que os aplausos começassem, William Bonner e Renata Vasconcellos se despediram do telespectador com dose extra de comoção, em especial ela, que gaguejou e admitiu estar muito emocionada: "Nós todos, colegas da Glória, temos consciência de que nenhuma homenagem estaria à altura dela... Eu tô emocionada, desculpem", disse Vasconcellos, retomando em seguida: "Nenhuma homenagem estaria à altura do que ela representa pra gente, mas a gente tentou, né?", concluiu, dirigindo-se a Bonner e segurando sua mão.
A edição foi praticamente toda dedicada a ela, com exceção de uma reportagem sobre o caso do senador Marcos do Val (Podemos-ES), a prisão do agora ex-deputado Daniel Silveira e o início dos trabalhos no Congresso.
As homenagens colocaram de volta na tela da Globo nomes que já deixaram a emissora, como Zeca Camargo, que também contracenou com Glória no comando do Fantástico, os repórteres Francisco José e Ernesto Paglia, e até ex-chefões da emissora, como Boni e Carlos Henrique Schroder.
Colegas da casa falaram sobre a jornalista, destacando sua coragem e o pioneirismo na representatividade que inspirou tantos profissionais e artistas negros a acreditarem que era possível conquistar espaço na tela da TV.
"A gente fica pensando: quando é que vai aparecer outra como ela?", disse Regina Casé, que dirigiu seu recado especialmente às filhas de Glória, Laura e Maria, contando como a mãe delas foi corajosa em tudo.
A edição contemplou as reportagens mais emblemáticas de Glória Maria e ouviu ainda depoimentos de telespectadores comuns sobre a jornalista.
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