Colo de Mãe

O almoço de Dia das Mães pode esperar o fim da quarentena

Data como conhecemos não será igual; vamos fazer um pacto de celebrar depois?

Rosas coloridas
Rosas coloridas para presentear as mães - Folhapress
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No final de 2019, quase início de 2020, perto da meia-noite, nossos pensamentos positivos para o novo ano incluíam diversos desejos de vida melhor: ter saúde, amor e emprego, viajar, ver os filhos crescerem bem e ter a família unida com certeza estavam nos planos de muitos de nós.

A realidade é que, cinco meses depois, estamos aqui, lavando pacote de arroz. Quem imaginou que 2020 seria “cancelado” ainda no primeiro semestre? Cancelado é o termo utilizado na internet para indicar descontentamento com algo ou alguém para mostrar que tal atitude ou pessoa foi desconsiderada online.

Neste ano, já tivemos o cancelamento da atriz Alessandra Negrini, por se fantasiar de índia no Carnaval (alguns julgaram ofensivo), e da cantora Anitta, por declarar voto a uma fã que estava no BBB (Big Brother Brasil).

Brincadeiras à parte, ninguém imaginou que a Páscoa seria “cancelada” por causa de um vírus microscópico, que ninguém vê, mas que tem causado estragos em todo o mundo. O fato é que a pandemia do coronavírus não afetou somente os meses de março e abril no nosso país. Ela chega com tudo no mês de maio. O mês das mães, o mês das noivas.

Maio é aquele mês em que, no segundo domingo, as famílias geralmente se reúnem para celebrar a maternidade. Restaurantes lotam e comércio e serviços faturam quase como no Natal. Chegou-se, inclusive, a pensar em adiar comercialmente a data.

Mas o Dia das Mães, como o conhecemos, será “cancelado”. Passamos das 6.000 mortes por coronavírus nesta semana e estamos à frente da China neste triste quesito. Com isso, não há como ter o Dia das Mães costumeiro. A pandemia vai se agravar nesta semana, e o indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e demais órgãos competentes é que fiquemos em casa e reforcemos o distanciamento social.

Há mães que não abrem mão da presença dos filhos e acreditam que estarem juntos, todos com máscaras, está liberado. Infelizmente, mesmo as pequenas reuniões não são recomendadas.

Teremos que passar um Dia das Mães sem os tradicionais almoços. Manter a distância é imprescindível para que saiamos vivos e com saúde. Não podemos esquecer que muitas mães não poderão abraçar seus filhos neste dia nem em nenhum outro, pois já os perderam para o coronavírus.

Mas não vamos deixar esta data passar em branco. Dia das Mães é sempre. É quando quisermos. Quem está longe de sua mãe pode oferecer a elas a entrega de um presente, de preferência de algum pequeno comerciante. Quem está confinado com seus filhos pode curti-los ainda mais.

E quem, como eu, adora festas, abraços e celebrações, deve prometer a si mesma que não deixará essa data passar e que, ao final de tudo isso, vai viver muitos outros momentos de felicidade.

Agora

Colo de Mãe

Cristiane Gercina, 42, é mãe de Luiza, 15, e Laura, 9. É apaixonada pelas filhas e por literatura. Graduada e pós-graduada pela Unesp, é jornalista de economia na Folha. Opiniões, críticas e sugestões podem ser enviadas para o email colodemae@grupofolha.com.br.

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