Andrew Solomon produz o melhor sobre saúde mental ao pregar tolerância e respeito
'O Demônio do Meio-Dia' é uma obra-prima sobre a depressão
O cuidado com a saúde mental não é uma besteira. Muito menos uma questão só de classes sociais privilegiadas. Depressão, ansiedade e ataques de pânico não veem cor, credo, gênero, salário nem nacionalidade.
Quando questionamos se uma pessoa pode estar deprimida por ser pobre, a pergunta deve ser invertida: será que ela não está pobre justamente pelos problemas mentais que desconhece?
É com essa abordagem, democrática e acolhedora, que o escritor e jornalista americano Andrew Solomon, 55 anos, tornou-se uma das maiores referências no assunto. O autor chegou a ser finalista do Prêmio Pulitzer (que congratula trabalhos de excelência do jornalismo), em 2002, com “O Demônio do Meio-Dia” (R$ 49,90, 584 págs., a edição econômica da Cia. das Letras), um tratado sobre o que de mais relevante se conhece sobre depressão na história.
Sempre com o objetivo de aproximar o tema da realidade, Solomon inicia essa obra-prima com o relato de uma menina africana que tinha compulsão por comer paredes. Solomon também ganha pontos ao abordar de forma responsável o tema do suicídio na coletânea “Um Crime da Solidão” (R$ 39,90, 112 págs., Cia. das Letras).
Prova de que uma das formas de superar o problema é conversar. E não esconder. Por fim, outro destaque de sua obra é “Longe da Árvore” (R$ 87,90, 1.056 págs., Cia. das Letras), no qual mostra a investigação sobre famílias com filhos portadores de deficiências.
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