Vai fazer duas semanas que o Big Brother Brasil estreou, mas parece que já se passaram meses. Na internet, não se fala de outra coisa. Só no primeiro dia, foram 6,1 milhões de comentários no Twitter sobre o programa.

Na primeira semana, foram mais de 35 milhões de tuítes, superando todos os outros assuntos na plataforma, como Covid-19, política e K-pop, que costuma liderar. Eu, sinceramente, sou do time dos que não gosta. Não tenho paciência nem tempo para ficar assistindo à vida dos outros.

Já tem tanta série e filme bom que não consigo dar conta, tanto livro que está difícil de ler, por que gastar meus preciosos minutos livres com um monte de tretas com pessoas aleatórias? Mas não tenho como deixar de acompanhar a repercussão do programa no mundo digital e real.

Pelos cacos que me chegam, sei que esta edição está especialmente conflituosa, cheia de lacrações, cancelamentos e até tortura psicológica. Que preguiça. Mas reconheço que o BBB tem o mérito de provocar o debate de temas importantes entre o grande público, como racismo, LGBTfobia, machismo etc.

Só fico aqui pensando, pelo que ouço falar de certos participantes, se essas causas urgentes não seriam mais bem defendidas com menos dedo na cara, menos arrogância, mais olho no olho, mais conversa sincera e desarmada.

Enfim, para quem gosta do Twitter e não aguenta mais ler sobre BBB, é possível bloquear posts sobre o assunto. O recurso é útil também para quem acompanha o programa e não quer ler spoilers sobre o que aconteceu antes de assistir. Para fazer isso, clique na aba de notificações (o sininho embaixo da tela) e depois no ícone da engrenagem no canto direito superior. Em seguida, clique em “Silêncio ativado” e “Palavras silenciadas”.

Aí é só clicar em "Adicionar", escrever o que você não quer ver e salvar. No caso, digite BBB, Big Brother, o nome de participantes etc. E fique em paz!

Bate-Papo na Web

Alessandra Kormann é jornalista, tradutora e roteirista. Trabalhou sete anos na Folha.
Desde 2005, é colunista do Show!, do jornal Agora.