'Pânico' revisita legado do original enquanto aponta para o futuro
Saiba o que esperar do filme que estreia nesta quinta-feira (13) no Brasil
Saiba o que esperar do filme que estreia nesta quinta-feira (13) no Brasil
ALERTA: Este texto contém spoilers dos filmes da franquia "Pânico".
"Você gosta de filmes de terror?", a frase clássica do mascarado Ghostface, aparece já na primeira cena do novo "Pânico" (também chamado de "Pânico 5" pela ordem numérica dentro da franquia). O filme, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas de todo o Brasil, é puro suco de entretenimento para quem respondeu sim à pergunta inicial.
A produção começa, como costuma ocorrer nos filmes da saga, com uma mocinha que está só em casa e atende a uma ligação. O fato de ela dispensar o número desconhecido algumas vezes antes de pegar o telefone já nos traz um pouco para o cenário atual, onde o telefone fixo tem como única função receber telemarketing.
Tara Carpenter (Jenna Ortega), a tal mocinha, passa pelo mesmo rito de passagem de suas predecessoras —Drew Barrymore foi a primeira, no filme original, de 1996. Primeiro, dá papo para um desconhecido, depois percebe que se trata de alguém perigoso e, finalmente, é convidada para participar de um jogo mortal.
A personagem diz que até gosta de filmes de terror, mas do tipo cabeça. Ela cita produções como "Hereditário" e "A Bruxa", mas o assassino pede que ela responda a perguntas sobre "Stab", a franquia fictícia de filmes sobre os eventos que se passaram há 25 anos na também fictícia cidadezinha de Woodsboro, onde ela mora.
Esse ataque é o ponto de partida para o que virá a seguir. Por causa dele é que Sam Carpenter (Melissa Barrera) volta à cidade onde não tinha mais intenção de botar os pés. Acompanhada do namorado, Richie (Jack Quaid), ela tenta entender o que está por trás das mortes que começam a se suceder e passa a suspeitar dos amigos de Tara.
Para ajudá-los, ela vai atrás do ex-policial, Dewey Riley (David Arquette), agora aposentado, que foi quem lidou com os crimes anteriores. Ele, por sua vez, se vê no dever de avisar à ex-mulher, a jornalista Gale Wethers (Courteney Cox), e à principal sobrevivente dos primeiros ataques, Sidney Prescott (Neve Campbell).
Claro que as duas, mesmo com tudo em contra, acabarão voltando à cidade dos ataques. Há, inclusive, uma morte entre o trio de protagonistas que sobreviveu a todos os ataques dos quatro filmes anteriores —afinal, como explica o roteiro autorreferente, é preciso mostrar que eles não estão ali para brincadeiras.
O papel de especialista em filmes do gênero, outro clássico da franquia, desta vez fica com a estudante lésbica Mindy (Jasmin Savoy Brown). É ela quem explica a dinâmica e os conceitos do roteiro para o público —aliás, prestando atenção direitinho nas dicas, dá até para prever boa parte do final.
Em determinado momento, ela informa que o filme é uma "requel", mistura de "reboot" com "sequel", ou seja, ele não deixa de ser uma sequência, mas retoma elementos do filme original, tentando dar um novo rumo à franquia. Conceitos como "personagem-legado" e "fan service" são debatidos pelos personagens, espelhando muito do que a audiência vai conversar quando sair do cinema.
O filme também traz para o primeiro plano uma das discussões mais contemporâneas relacionadas ao entretenimento e à cultura pop, principalmente entre os aficionados por sagas (leia-se "Star Wars", "Harry Potter" e os universos expandidos da Marvel e da DC, entre outros): a dos fãs tóxicos.
Como lidar com quem não aceita as ideias e desenvolvimentos propostos pelos próprios roteiristas e produtores da franquia? E com a forma pouco cortês com que os envolvidos nessas produções são cobrados (e muitas vezes atacados) nas redes sociais?
O certo é que esse novo "Pânico" parece querer estabelecer as bases para o futuro da franquia, já que além das novas apostas na frente das câmeras, esse foi o primeiro filme sem o diretor Wes Craven (1939-2015) e sem o roteirista Kevin Williamson (que assinou apenas como produtor). Nada mais inteligente do que já colocar os fãs mais malucos em seu devido lugar.
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