Netflix é processada por difamação por série sobre morte de Olof Palme
Ex-primeiro ministro da Suécia foi assassinado em 1986
A Netflix responde a um processo por difamação na Suécia por sua nova série sobre o assassinato do primeiro-ministro sueco Olof Palme, em 1986, anunciaram autoridades do país europeu nesta terça-feira(16).
Stig Engström, que trabalhava para uma seguradora, cujos escritórios estão localizados perto da cena do crime, foi apontado como suposto assassino de Palme no ano passado, após 35 anos de investigações.
Ele nunca foi capaz de responder à acusação, já que morreu em 2000.
De acordo com a denúncia, consultada pela AFP, sua referência na série da Netflix "O improvável assassino de Olof Palme" é um "caso muito claro de difamação".
O denunciante, cuja identidade é mantida em sigilo, acusa a Netflix de ter introduzido elementos "completamente infundados" em seu roteiro.
Figura de destaque da social-democracia, Palme foi morto a tiros em uma rua no centro de Estocolmo, quando voltava do cinema com sua esposa, sem guarda-costas. Seu assassino atirou nas costas dele antes de fugir.
Engström se apresentou como testemunha desde o início da investigação.
A Netflix o retrata como o assassino de Palme e destaca suas tentativas de se esquivar do crime, quando ele se apresenta aos investigadores e à imprensa como uma testemunha que estava simplesmente saindo tarde do trabalho.
Um texto, ao final de cada episódio, lembra que se trata de uma obra de ficção e que não ficou provado que Engström foi o assassino.
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