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Johnny Depp deixa elenco de 'Animais Fantásticos' após perder batalha judicial

Ator diz que estúdio lhe pediu para deixar papel do vilão Gellert Grindelwald

Johnny Depp deixa tribunal em Londres
Johnny Depp deixa tribunal em Londres - Toby Melville-28.jul.2020/Reuters
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Lisa Richwine
Reuters

O ator Johnny Depp anunciou nesta sexta-feira (6) que está se afastando da franquia de filmes “Animais Fantásticos” depois de perder um processo de difamação no Reino Unido contra um tabloide que o chamou de “espancador de mulheres”.

Depp, escrevendo no Instagram, disse que o estúdio Warner Bros., da AT&T Inc, lhe pediu para deixar seu papel como o vilão Gellert Grindelwald. “Respeitei e concordei com esse pedido”, afirmou.

A reportagem fazia críticas à autora J.K. Rowling por escalar Depp para o próximo filme da série "Animais Fantásticos", mesmo após denúncias públicas de violência doméstica terem sido feitas contra ele.

O tribunal rejeitou o pedido de Depp, segundo notícia publicada no The Guardian. Os advogados do ator informam que ele deve apelar contra o resultado do processo que ele considera "perverso e desconcertante'.

Depp virou assunto na mídia após ele e sua ex-mulher, Amber Heard, acusarem-se de abuso físico durante o relacionamento. Heard fez alegações pela primeira vez em 2016, as quais Depp negou.

Na decisão de 129 páginas, o juiz disse: “O reclamante [Depp] não obteve sucesso em sua ação por difamação [...] Os réus [The Sun e a News Group Newspapers] mostraram que eles usaram palavras substancialmente verdadeiras na publicação".

“Eu descobri que a grande maioria das alegadas agressões à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram provadas dentro do padrão civil", completou o juiz.

Para ele, foram as alegações da ex-mulher que causaram um efeito negativo na carreira de Depp, e não a notícia publicada pelo The Sun. Por isso, para o juiz, não se tratava de uma notícia "caça-clique".

A tão esperada decisão foi divulgada às 10h da segunda-feira (2), mais de três meses após o término da audiência no tribunal superior no final de julho.

Após a decisão, o editor do jornal emitiu um comunicado dizendo que o The Sun "faz campanha pelas vítimas de violência doméstica por mais de 20 anos. Vítimas nunca devem ser silenciadas, e agradecemos ao juiz por sua consideração cuidadosa".

A advogada americana que representa Heard afirmou que não se surpreendeu com o resultado do julgamento. “Muito em breve, apresentaremos evidências ainda mais volumosas nos Estados Unidos".

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