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Com Thiago Fragoso e Fiuk, comédia 'O Galã' satiriza e mostra lado B da profissão de ator

Comédia estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas de todo o país

Júlio (Thiago Fragoso) e Raul (Fiuk) em cena do filme 'O Galã'

Júlio (Thiago Fragoso) e Raul (Fiuk) em cena do filme 'O Galã' Divulgação

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São Paulo

Um ator que chegou ao fim da carreira sem nunca ter começado para valer. É assim que Thiago Fragoso, 37, descreve seu personagem na comédia "O Galã". Um homem canastrão, cheio de marra, que abusa das caras e bocas para esconder suas inseguranças, sua solidão.

O filme, dirigido por Francisco Ramalho Jr., chega aos cinemas nesta quinta-feira (7), carregado de clichês cômicos e personagens tipificados. Para Fragoso, “uma sátira da profissão de ator, com muito humor e leveza”.

A história do longa gira em torno de Júlio Bastos (Thiago Fragoso), um homem que, apesar de acumular rejeições na carreira, se comporta como um verdadeiro astro, como se interpretasse na vida real o papel de galã. E que disputa as atenções com o ator do momento, Raul Cardoso (Fiuk).

Também bastante estereotipado, Fiuk, 28, diz que adorou os exageros do seu personagem. “Peguei aquela imagem de galã que todo mundo tem no inconsciente e exagerei. Adoro brincar, as pessoas falam que pareço metido, então peguei isso como inspiração, mas eu sou mesmo muito relax”, afirma o ator.

Nessa disputa dos dois astros, o filme mostra o lado B da profissão, com competição desigual, falta de orientação e cartas marcadas. “Muitas vezes já havia alguém certo pra passar. Mas também já fiz testes que não tinham nada a ver comigo e passei porque surpreendi. Cada história é uma história”, afirma Fragoso.

Mas é nas relações familiares que Júlio se desenvolve além da figura de galã. Despejado, o ator se vê forçado a pedir abrigo ao meio-irmão, Beto (Luiz Henrique Nogueira), um escritor famoso de novelas, que vive recluso há oito anos, tem fobia de germes e vive uma paixão platônica pela vizinha, Raquel (Christine Fernandes). Juntos, os irmãos vão percebendo seus traumas e buscando superá-los.

“Tive uma grande liberdade do Ramalho [o diretor] para tirar certas coisas e somar outras no intuito de abordar a precariedade das relações humanas, o sofrimento, a solidão, mesmo sendo uma comédia”, afirma Fragoso, que avalia o gênero como o mais desafiador.

Para Ramalho, o improviso dos atores foi importante para manter a leveza do filme, que também tem no elenco Cristina Mutarelli, Christiana Ubach e Roney Facchini. “Tive sempre uma câmera livre pronta para improvisar e seguir os atores, soltos nos sets, livres para criar e brinca."

AMBIENTE HOSTIL

Um ator interpretar outro ator pode ser uma forma de reviver algumas memórias. No caso de “O Galã”, no entanto, algumas dessas recordações não foram tão positivas aos atores.

Na trama, os personagens de Thiago Fragoso e Fiuk disputam o mesmo papel para uma novela, mas de um forma não muito justa, já que o resultado é determinado antes pelo dono da emissora.

“Já passei por isso no início e, justamente, em teste para comercial. Esse tipo de teste é bem hostil com o ator. Na maior parte das vezes não há um personagem nem uma linha muito clara de quem faz o teste”, diz Fragoso.

Fiuk afirma que não sabe se já foi vítima de carta marcada, mas que há casos de escolha de ator por afinidade sim. “Não é por mal, mas pode ser por já conhecido a pessoa, ser alguém querido ou com quem já trabalhou”, pondera.

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