Carnaval

Bloco O Homem da Meia-Noite leva o frevo para o Carnaval de Salvador

Convidado pelo trio Armandinho, Dodô e Osmar, bloco agitou a pipoca no circuito Barra-Ondina

Com 50 quilos, calunga de quatro metros do Homem da Meia-Noite desfila pela primeira vez no Carnaval de Salvador
Com 50 quilos, calunga de quatro metros do Homem da Meia-Noite desfila pela primeira vez no Carnaval de Salvador - Franco Adailton/Folhapress
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Franco Adailton
Salvador

A noite de carnaval do folião pipoca no circuito Dodô (Barra-Ondina) foi recheada de frevo com o desfile da Orquestra 100% Mukheres e do calunga do bloco carnavalesco O Homem da Meia-Noite, atrações pernambucanas convidadas pelos irmãos Macêdo, no trio Armandinho, Dodô e Osmar. 

A informação sobre a participação dos pernambucanos já havia sido antecipada ao F5 pelo próprio Armandinho, um dos filhos de Osmar Macêdo, que inventou o trio elétrico ao lado de Dodô. A orquestra trouxe 25 mulheres com instrumentos de sopro para representar o Carnaval do vizinho nordestino. Já o gigante calunga pesa 50 quilos do alto de seus quatro metros de altura. A atriz Nanda Costa, que está no ar na novela "Amor de Mãe" (Globo), e a musicista e compositora Lan Lanh curtiram o trio em clima de romance. 

Diretora artística do encontro desta noite, Giselle Said não revela o personagem do calunga, mas informa que esta é a primeira vez que O Homem da Meia-Noite desfila no carnaval baiano. “Essa participação tem relação com os 70 anos da antiga fobica, hoje trio elétrico, que nasceu dessa mistura do frevo com o Carnaval baiano”, disse. 

No comando da orquestra feminina, a maestrina Carmen Pontes não escondia a ansiedade de também estrear na folia de Salvador. “Estamos muito felizes por Armandinho ter nos oferecido esse momento mágico”, disse ela, que é pioneira do protagonismo feminino no frevo pernambucano. “Quando começamos, em 2001, nem se pensava que nós, mulheres, chegaríamos a assumir funções dominadas pelos homens”, afirmou

O casamento da guitarra baiana com o legítimo frevo pernambucano incendiou o circuito Dodô, para deleite da professora Carmen Armorim, 56, amante dos antigos carnavais. “Sem querer desfazer dos músicos mais novos, mas, para mim, o legítimo Carnaval é esse, com Armandinho, Moraes Moreira, Luiz Caldas”, afirmou, saudosista.

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