Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades

Pai de uma mulher trans, José de Abreu pede R$ 500 mil de Cássia Kis por homofobia

Com três ações coletivas na Justiça, ator diz que colega ultrapassou o limite do razoável; 'Espero que respondendo criminalmente ela pare'

Em foto colorida, homem e mulher estão lado a lado em uma montagem
José de Abreu e Cássia Kis trabalharam juntos em quatro novelas - Reprodução/Montagem
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

José de Abreu nunca foi amigo de Cássia Kis, mas diz que sempre teve respeito pelo trabalho da atriz e pela mulher que já falou abertamente sobre aborto e foi uma das primeiras a colocar os seios de fora para incentivar o exame de prevenção contra o câncer de mama, no final da década de 1990.

Respeitá-la, no entanto, não o impede de tomar uma atitude contra os discursos homofóbicos que a colega de profissão da Globo tem feito recentemente. Abreu é pai de uma mulher trans de 21 anos e entrou com ação contra a atriz no dia 8 de novembro, junto com a psicóloga Paula Dalaio Frison e mais três entidades ligadas ao movimento LGBTQIA+.

O grupo pede uma indenização de R$ 500 mil pelo crime de LGBTfobia, valor que será revertido para entidades de defesa contra a discriminação de gênero. "Ela passou do limite e uma das maneiras de acordar as pessoas que cometem crimes é com que respondam por seus atos", diz o ator ao F5.

"Enquanto tudo isso for só delírio e não ameaçar de fato qualquer pessoa, ok. Mas o meu medo é que esse discurso acabe se tornando um perigo real", diz o ator. Ele lembrou que, além de de crime de homofobia, Cássia vêm atentando contra a democracia. "Participar de atos antidemocráticos é considerado pelo Supremo Tribunal como crime e ela está em estado de flagrante delito".

Intérprete do personagem coronel Tertúlio da novela "Mar do Sertão" (Globo), ele lembra a boa relação que manteve com Cássia nas quatro ocasiões que trabalharam juntos ["Porto dos Milagres", "O Rebu", "A Regra do Jogo" e "Os Dias Eram Assim"].

"Ela sempre foi uma colega de falar o que pensava. Não tinha muito filtro, mas era tranquilo, sabe? O que surpreende é que esses discursos de agora vêm de uma pessoa que trabalha em um meio em que a proporção de pessoas da população LGBTQIA+ é imensa. Ela vive em um meio diverso", analisa.

Para Abreu, a colega de profissão "não está bem" e precisa de apoio. "Não conheço ninguém da família, mas alguém tinha que ajudá-la. É triste vê-la nesse momento, me sinto triste por toda a situação".

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem