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Celebridades

Bolsonaro é um cão dos infernos, diz diretor de 'Pantanal'

Walter Carvalho critica presidente e seus apoiadores e afirma temer uma guerra no país

Homem sentado em um banco, coloca a não queixo e posa para a foto
Walter Carvalho admite preocupação com as próximas eleições durante a abertura da exposição "Iluminuras" - Estevam Avellar
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Rio de Janeiro

Um dos diretores de "Pantanal" e nome de primeira grandeza no cinema e na TV brasileira, Walter Carvalho, 75, recebeu na noite desta quarta-feira (12) amigos e companheiros para a abertura da exposição "Iluminuras", em uma galeria no Leblon, Rio. Feliz com quase a metade [6] dos 16 quadros expostos vendidos logo no primeiro dia, ele conversou com F5 sobre o novo trabalho, comentou sobre a novela e não fugiu de um assunto capcioso no meio artístico: as próximas eleições. Walter chamou Bolsonaro de ‘cão dos infernos’ e assumiu temer uma guerra no país.

Estamos em um ano de eleições extremamente polarizadas, com ataques à democracia. O que o senhor acha que pode vir a acontecer até outubro?
Acho que a gente tem que se prevenir para uma atitude muito agressiva que pode vir a acontecer. Eu tenho a impressão que se continuar a perspectiva desse cão dos infernos que dirige o Brasil, se continuar a perspectiva dos seus desejos e das suas vontades, nós vamos ter uma guerra.

Por que acha isso?
Não se pode enfrentar de forma tão arbitrária como ele faz com o Supremo Tribunal Federal. Não se pode atacar o STF como ele ataca. Como ele também ataca o Congresso e ataca a própria sociedade. Então, eu acho que a gente tem que estar muito organizado e prevenido.

Como se prevenir?
Acho que vamos ter problemas para tirar esse ‘cão dos infernos’ de onde ele está, por isso nunca foi tão importante o voto consciente nessas eleições. Hoje, nós temos de um lado, a coisa mais progressiva, mais humanista e uma visão com desejo de projeto social e do outro lado a irracionalidade fascista perdurando e isso me põe muito medo.

Nem toda a classe artística compartilha do seu medo.
Eu acho que é um direito de cada pessoa escolher a sua posição política e ninguém é obrigado a nada, mas que pudesse ser escolhido uma coisa menos nociva que essa direita fascista. Tudo bem que você tem o direito de escolher, mas não dava para ser melhor? Eu sempre pergunto isso. Pergunto não só para as pessoas da classe artística, mas para todas as outras áreas. Eu conheço muito poucos na classe artísticas que apoiam esse ‘cão dos infernos’, mas a maioria é contra.

Você fez a direção de fotografia de filmes como "Central do Brasil" (1998), "Lavoura Arcaica" (2001), de séries e novelas, sendo "Amor de Mãe" (2019) a mais recente. A experiência em "Pantanal" é, de alguma forma, diferente do que já havia feito?
Existe uma exuberância de beleza da natureza no Pantanal, mas você não está ali contando a história da natureza, do lugar. Você está contando a história do ser humano. Aliás, de vários seres humanos na novela: a Juma, o Jove, a Muda, o José Leôncio... Aí vamos dando um conceito, uma liberdade dos personagens dentro daquela paisagem incrível. É o ator, o texto e aquela natureza, sem verniz nem nenhum efeito ou truque de linguagem da representação da narrativa. Isso faz com que o espectador se sente à frente da TV e goste do que está assistindo.

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