Laudo definitivo de Paulinha Abelha aponta morte por infecção no sistema nervoso
Parecer médico solicitado pelo marido diz que lesões renais não estavam relacionadas aos remédios
O marido de Paulinha Abelha, Clevinho Santos, solicitou um parecer médico especializado após a morte da esposa, que ocorreu em fevereiro deste ano, a fim de apurar o que motivou a internação e óbito da cantora.
O requerimento, que foi finalizado nesta quinta-feira (31) e obtido pelo F5, indicou que as lesões renais apresentadas por Paulinha não tinham relação com os medicamentos que ela tomava, diferente do que se acreditava ser possível.
"Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação hospitalar", diz o laudo, afirmando que o tratamento seguiu protocolo específico e bibliografia média atual. "Os medicamentos [...] não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito".
Além disso, exames evidenciaram uma infecção no Sistema Nervoso Central, e a quantidade de células demonstrou um possível diagnóstico de meningite. O laudo também aponta uma evolução da patologia "rápida e incontrolável", e afirma não haver elementos para concluir que uma intoxicação alimentar motivou as lesões renais apresentadas por Paulinha.
"O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa", concluiu o laudo assinado pelo Doutor Nelson Bruni Freitas.
Paulinha Abelha morreu na noite do dia 23 de fevereiro, aos 43 anos. A informação foi dada pelo Hospital Primavera, onde a vocalista do Calcinha Preta estava internada, e divulgada pelo escritório da banda de forró nas redes sociais.
"O Hospital Primavera comunica, com pesar, que a cantora, Paula de Menezes Nascimento Leca Viana, Paulinha Abelha, faleceu hoje às 19h26 em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico", dizia a nota de falecimento.
"Nas últimas 24 horas apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo", prossegue o texto. "Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos."
A cantora havia sido internada no 11 de fevereiro no hospital Unimed Sergipe, em Aracaju, com problemas renais. Ela voltava de viagem quando reclamou de dores abdominais e procurou atendimento, tendo recebido diagnóstico de lesão renal. Não há informação sobre o que teria causado o problema.
No dia 17, ela apresentou uma piora no quadro e entrou em coma. No mesmo dia, foi transferida para o hospital Primavera, também na capital sergipana.
O diretor técnico do hospital Ricardo Leite explicou que a artista estava fazendo terapia renal substitutiva e hemodiálise. "No decorrer da internação foi diagnosticada inflamação do fígado, que abro parêntese não se trata de hepatite viral", enfatizou.
O último boletim médico sobre o estado de Paulinha informava que ela continuava fazendo exames para avaliar e monitorar as disfunções neurológica, hepática e renal. Em coma, ela respirava com a ajuda de aparelhos.
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