Ex-Polegar fratura coluna e diz sofrer ameaças após ir à motociata de Bolsonaro
Alan Frank se envolveu em acidente de moto durante ato pró-presidente
O médico oftamologista e ex-Polegar Alan Frank, 48, afirma que terá que usar um colete para se recuperar das fraturas sofridas na coluna após se envolver em um acidente durante a motociata a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último fim de semana, em São Paulo.
Tenente reformado da Aeronáutica, ele diz ainda sofrer ataques de ódio, inclusive com ameaças de morte. Entre os comentários, diz o artista, estariam "pena que não morreu" e "deveria ficar paraplégico". Para o ele, os haters destilam ódio e intolerância contra as pessoas.
"Você tem que ter amor e respeito por todos, independentemente do gênero sexual, ideologia política. Eu não estava fazendo campanha para ninguém e você tem o direito de gostar do candidato A e B. Eu jamais desejaria a morte de ninguém", diz Frank, em entrevista ao F5.
A motociata de Bolsonaro durou cerca de quatro horas, reuniu cerca de 12 mil motos, segundo o governo paulista, travou o trânsito em diferentes pontos da capital e levou ao fechamento completo dos dois sentidos da rodovia dos Bandeirantes até região de Jundiaí.
Com o presidente à frente, sem máscara, a manifestação intitulada “Acelera para Cristo” começou às 10h de sábado (12), na região de Santana, zona norte da capital, e terminou no obelisco do Ibirapuera, às 13h30. O percurso, que incluiu um bate-volta a Jundiaí, foi de cerca de 130 km.
O ex-Polegar diz que participou da motociata a convite de um dos seus melhores amigos e padrinho dos seus dois casamentos, o deputado federal Celso Russomano (Republicanos). Antes do ato, Alan Frank afirma que o amigo o apresentou a Bolsonaro, no Campo de Marte, e foi convidado a tomar café da manhã.
Na saída, ele e o deputado se esqueceram de pegar o adesivo para colocar no capacete para ficar próximo à comitiva do presidente. Na motociata, Frank diz que os dois acabaram se perdendo um do outro. "Na hora que cai já estava procurando um retorno para voltar para casa. Celso [Russomano] já tinha ido."
Internado no Hospital Albert Einstein desde sábado (12), Alan Frank recebeu alta na noite desta segunda-feira (14). Ele diz que ficará de três a quatro semanas em repouso em casa. Nesse período, ele diz que usará um colete com ferro nas costas para manter a coluna ereta. "O colete é desconfortável, acaba comprimindo o abdômen e eu tiro apenas quando tomo banho."
O ex-Polegar explica que o condutor de uma moto à frente se desequilibrou e o atingiu. Ao tentar se levantar, Frank diz ter sido atropelado por um motociclista que vinha atrás. Ele afirma ainda que deveria ter permanecido deitado no chão após o acidente, mas não pensou que tivesse sofrido alguma fratura.
Ele recorda que ficou preocupado com os rins porque a região apresentou um hematoma e decidiu deixar o evento e ir para o hospital. Sobre a fratura, Frank diz ser parecida com a lesão sofrida por Neymar durante partida da seleção brasileira na Copa do Mundo em 2014.
"É semelhante àquela que o Neymar sofreu quando levou a joelhada nas costas. O tratamento não é cirúrgico" explica Frank ao recordar a joelhada do lateral Juan Zuñiga, da Colômbia, no jogador brasileiro. Ele lembra ainda ser uma ironia retornar ao mesmo hospital onde ficou internado há quase um ano, quando teve Covid-19 e chegou a ser intubado.
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