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Celebridades

Estátua de Greta Thunberg em universidade gera revolta de estudantes no Reino Unido

Sindicato diz que fundos poderiam ter sido mais bem gastos em ano com Covid

Estátua de Greta Thumberg na Universidade de Winchester
Estátua de Greta Thumberg na Universidade de Winchester - Reprodução/Universidade de Winchester
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São Paulo

Uma estátua da ativista sueca contra o aquecimento global, Greta Thunberg, 18, instalada na Universidade de Winchester, no Reino Unido, gerou revolta entre os estudantes. Eles rotularam como um "projeto de vaidade" devido à quantia dedicada à homenagem, 24 mil libras (cerca de R$ 190 mil)

A obra em bronze em tamanho natural da ativista ambiental foi descrita pela universidade como "inspiradora" para o mundo e que "nenhum dinheiro foi desviado" do apoio estudantil ou da equipe para o projeto.

O sindicato dos estudantes discordou e disse que os fundos poderiam ter sido mais bem gastos. A presidente da Winchester UCU, Megan Ball, descreveu Greta como "um modelo fantástico para todos, como alguém que fala alto e com orgulho sobre questões globais importantes", mas disse que o sindicato não poderia apoiar a escultura.

“Estamos em um ano da Covid, muitos alunos realmente não tiveram acesso ao campus, muitos deles estão tentando estudar online e precisam desesperadamente de apoio”, disse Megan.

A presidente da Winchester UCU pediu à universidade que iguale o custo da estátua comprometendo o valor em financiamento adicional para serviços de apoio ao estudante em todo o campus. "Pedimos que enfrentem publicamente as questões críticas que os alunos estão destacando e forneçam uma análise transparente do apoio financeiro adicional e existente."

A vice-reitora da universidade, professora Joy Carter, disse que nenhum dinheiro foi desviado do apoio ao estudante ou da equipe para financiar o projeto West Downs. A universidade gastou 5,2 milhões de libras este ano em apoio ao universitário.

Em um email, enviado aos alunos, a universidade afirma que espera que a estátua se torne um símbolo de seu "compromisso com o combate ao clima e à emergência ecológica".

"Greta é uma jovem que, apesar das dificuldades em sua vida, se tornou uma ativista ambiental líder mundial. Como a universidade para a sustentabilidade e justiça social, temos o orgulho de homenagear esta mulher inspiradora desta forma”, acrescentou o professor Carter.

A universidade acrescentou que muitos a consideram uma figura controversa, mas que aceita debates e conversas críticas. "Esperamos que sua estátua ajude a inspirar nossa comunidade, nos lembrando de que não importa o que a vida nos lance, ainda podemos mudar o mundo para melhor. Essa é uma mensagem que queremos que todos os nossos alunos e todos os jovens ouçam."

A jovem ativista sueca Greta foi a vencedora em 2020 da primeira edição do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, iniciativa que confere 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,17 milhões) a projetos inovadores contra as mudanças climáticas.

O valor foi aplicado pela Fundação Thunberg, criada pela adolescente, em diversos projetos no mundo. A primeira doação, de 100 mil euros (R$ 617 mil), foi para a campanha SOS Amazônia, da Fridays for Future Brazil, que combate a Covid-19 na região.

Uma das principais vozes contra as mudanças climáticas nos últimos anos, Greta se notabilizou após começar um movimento de greve estudantil em defesa do ambiente às sextas-feiras. A iniciativa, que começou em Estocolmo, espalhou-se por centenas de cidades em todo o mundo. Em 2019, a jovem foi escolhida a pessoa do ano pela revista Time.

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