Greta Thunberg faz 18 anos e diz que vai celebrar em pub falando de conspiração do clima
Aos 16 anos, jovem sueca deu início a movimento contra as mudanças climáticas
Greta Thunberg, a jovem sueca que aos 16 anos deu início a um movimento internacional de greves de estudantes contra as mudanças climáticas e, por causa disso, chegou a receber uma indicação ao prêmio Nobel da Paz, já é maior de idade. A ativista completou 18 anos neste domingo (3).
"Muito obrigado por todos os desejos positivos no meu aniversário de 18 anos!", escreveu nas redes sociais. "Hoje à noite você vai me encontrar no pub local expondo todos os segredos obscuros por trás do clima, além da conspiração da greve escolar e dos meus manipuladores do mal, que não podem mais me controlar! Estou finalmente livre!", ironizou.
A jovem fez referência a alguns dos temas que a acompanham desde que se tornou figura pública. Além de alguns negacionistas não acreditarem nas mudanças climáticas, muitos acreditavam que a garota, que é portadora da síndrome de Asperger (uma forma de autismo), seria manipulada pelos pais.
Greta foi eleita a Pessoa do Ano pela revista Time em 2019 após ganhar fama e inspirar movimentos estudantis na luta contra o aquecimento global e em defesa da natureza. Ela foi a pessoa mais nova a ser destacada pela publicação e comemorou no Twitter. "Uau, isso é inacreditável", escreveu. "Divido essa grande honra com os ativistas do clima de todos os lugares."
A jovem começou a se mobilizar em agosto de 2018, quando deixou de ir à escola para se manifestar em frente ao Parlamento sueco. Para a ativista, não fazia mais sentido frequentar as aulas, uma vez que não haveria futuro devido às mudanças climáticas.
Em poucos meses, o movimento passou a ser repetido por outros grupos de jovens. Depois do incômodo de pais e professores, uma trégua foi negociada, e a partir de setembro as greves passaram a acontecer somente às sextas-feiras.
Começou ali o movimento #FridaysForFuture (sextas-feiras pelo futuro), hoje organizado em cerca de 30 países, incluindo o Brasil.
De lá para cá, Greta foi recebida e elogiada por celebridades, ambientalistas como Jane Goodall (famosa pela dedicação aos chimpanzés na Tanzânia) e líderes como o ex-presidente americano Barack Obama, para quem Greta é um exemplo.
A ativista sueca também teve destaque durante a abertura da cúpula do clima da ONU, em Nova York, em 2019, quando seu discurso foi, ao mesmo tempo, elogiado e alvo de uma campanha difamatória.
Durante a fala, Greta acusou líderes mundiais de terem traído sua geração por meio da falta de ação diante do aquecimento global. "Você vem até nós, os jovens, em busca de esperança. Como ousam?", criticou. "Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias, mas eu tenho sorte. Pessoas estão sofrendo, pessoas estão morrendo, ecossistemas inteiros estão entrando em colapso", disse.
Filha da cantora de ópera Malena Ernman e do ator e produtor Svante Thunberg, Greta sustenta que seus pais são seus únicos financiadores e que atua com independência.
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