Deputados desistem de prisão de Danilo Gentili, mas o querem fora do Twitter
Processos ocorreram após humorista incitar a violência contra parlamentares
A Câmara dos Deputados concordou com a Procuradoria-Geral da República e desistiu de pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STF) a prisão de Danilo Gentili, 41. A solicitação pedia que o humorista tivesse o mesmo tratamento que recebeu o deputado Daniel Silveira (PSL), que foi preso em flagrante após incitar violência física contra ministros.
Porém, a Câmara quer que o humorista seja banido do Twitter e que mantenha distância de ao menos um quilômetro da Câmara dos Deputados. O pedido de prisão aconteceu no início do mês de março após um tweet de Gentili estimulando agressão contra os parlamentares.
"Eu só acreditaria que esse país tem jeito se a população entrasse agora na câmara e socasse todo deputado que está nesse momento discutindo PEC de imunidade parlamentar", escreveu no dia 25 de fevereiro. A chamada PEC da imunidade ofereceria penas brandas a deputados, fazendo com que respondessem a processos administrativamente, sem responsabilização civil e criminal.
Procurada, a assessoria do SBT não se manifestou até a publicação deste conteúdo.
Conhecido por ser envolver em polêmicas, em janeiro, Gentili foi condenado a indenizar uma enfermeira pernambucana que foi comparada por ele a Kid Bengala. A sentença do STJ (Superior Tribunal de Justiça) transitou em julgado (ou seja, não pode mais ser revertida) em dezembro. Na ação, também foram condenados o comediante Marcelo Mansfield e a TV Bandeirantes.
No dia 3 de outubro de 2013, a mulher, que havia ficado conhecida por ser a maior doadora de leite humano do Brasil, foi alvo de piadas no programa Agora É Tarde, da Band, que era apresentado por Gentili na época. "Em termos de doação de leite, ela está quase alcançando o Kid Bengala", disse.
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