Felipe Haiut, Jeff de 'Bom Sucesso', diz entender a beleza da vida e da morte com projeto social
Ator canta de Roberto Carlos a Anitta em tour por hospitais do Rio de Janeiro
Intérprete de Jeff, em “Bom Sucesso” (Globo), o ator Felipe Haiut, 31, conta que divide seu tempo entre a trama e as boas ações. Isso porque, uma vez por mês, ele e uma equipe passeia por hospitais do Rio de Janeiro com um cortejo musical para alegrar a vida de pessoas que passam por algum momento difícil. E o repertório é variado.
"Vamos de Roberto Carlos a Anitta", afirma Haiut, que não sabe cantar, mas diz ter cara de pau suficiente para entrar no ritmo no projeto criado por ele, em 2011, o Conexão do Bem. "A ideia é levar teatro e música para todos os espaços de hospitais e, dessa forma, criar uma atmosfera de expressões e amor, onde os pacientes possam mostrar o que sentem e isso ajude no processo de cura."
Só no mês de setembro, diz Haiut, ele e sua equipe atenderam a oito hospitais com apresentações que duram até três horas. Um dos convidados foi o ator George Sauma e, nesta sexta-feira (25), foi a vez de Dandara Mariana participar do projeto, logo pela manhã.
O cortejo, segundo ele, não é só para os pacientes, mas também para toda a junta médica. “Dentro desses locais você precisa do remédio e do recurso para curar vidas. E, com a junção do teatro e da música, tudo pode ser transformado.”
Por mais que esteja diariamente na tela da TV, em “Bom Sucesso”, Haiut diz que arruma tempo para fazer boas ações. E comenta ter sua vida transformada por isso. "Tenho relatos de pacientes que não estavam comendo mais por causa da depressão, e nosso trabalho deu um levante no tratamento", diz.
“Eu não sei quem eu era antes de fazer esse trabalho. Saio transformado, minha vida ganhou muita poesia, entendi a beleza da vida e da morte. Decidi transformar o mundo ao meu redor, ser um cidadão nesse mundo", completa.
Já quando ele está na novela, as questões que envolvem seu personagem são outras. Na trama, Jeff era apaixonado por Thaíssa (Yasmin Gomlevsky), mas agora se vê completamente envolvido por Evelyn (Mariana Molina), quem ele costumava esnobar.
"Essa relação tem tudo o que interessa, encontros e desencontros. Percebo as torcidas nas redes sociais pelos dois, já que antes ele julgava a Evelyn por ser estabanada e agora tem descoberto sua beleza”, explica.
O ator, que também é dramaturgo, conta que, além de tudo isso, arruma tempo para produzir peças teatrais itinerantes com um grupo. Haiut também já lançou um livro, “A Garagem”, que mistura comédia e drama e deu origem a uma peça homônima.
Felipe Haiut já passou por “Malhação” (2011), fez participações em tramas como “Paraíso” (2009) e séries. Mas trabalhar em “Bom Sucesso” é um passo maior. Esse é o segundo trabalho mais longo em novelas. "Estou amando fazer. Prezo em estar em um ambiente seguro. Admiro os autores [Rosane Svartman e Paulo Halm] que tratam com respeito questões como a diversidade. A novela tem muita gente negra, trans, me sinto representado e feliz por estar em um lugar assim", conclui.
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