Joss Stone diz ter sido deportada do Irã, último destino de turnê mundial
Cantora britânica diz que oficiais agiram com pesar ao expulsá-la do país
A cantora Joss Stone, 31, relatou em seu perfil do Instagram ter sido detida e deportada do aeroporto de Kish, uma ilha turística no Irã.
Em turnê mundial desde 2014, a britânica fez shows em mais de 175 países. Deixou por último o Irã, onde é proibido mulheres se apresentarem em público.
Na rede social, ela relatou que foi muito bem tratada pelos funcionários do aeroporto e que todos pareciam estar pesarosos por ter que cumprir a ordem de expulsá-la do país.
Ainda na postagem, a cantora negou que se apresentaria em público. Ela afirmou que conhece e respeita as regras do país e que queria apenas "transmitir sua mensagem de paz". Mesmo assim, teria sido incluída em uma lista negra de visitantes estrangeiros proibidos.
Durante a turnê, Stone chegou a fazer um show clandestino na Coreia do Norte. Ela também passou por Sudão, Síria, Paquistão e Iraque.
"Bom, nosso último país da lista era o Irã. Tínhamos consciência de que não poderia haver um show público pois eu sou mulher e isso é ilegal no país. Eu não tenho vontade de ser presa numa prisão iraniana nem pretendo mudar as leis dos países que visito e tampouco quero colocar outras pessoas em perigo", escreveu Stone.
"No entanto, as autoridades não acreditaram que não faríamos um show e nos colocaram na lista negra, o que descobrimos assim que entramos na imigração. Após muita discussão com as pessoas amigáveis, encantadoras e acolhedoras da imigração, ficou decidido que ficaríamos detidos por uma noite e seríamos deportados pela manhã. Esse momento quebrou meu coração", desabafou.
"Então eu percebi que havia luz no fim do túnel. Expliquei a eles a minha missão, de trazer bons sentimentos com o que eu tenho para dar e mostrar as positividades do mundo a quem quiser ver. Tudo com o entendimento de que uma performance pública não era opção naquele momento", prosseguiu.
"Eu encontraria uma outra maneira de fazer isso sem quebrar nenhuma lei. A música está em todo lugar. Mesmo aqui, poderíamos tocar de acordo com as regras. Mas eles não confiaram em nós. Eles foram tão simpáticos que eu cheguei a questionar: será que eles estavam nos ludibriando em uma falsa sensação de segurança para nos prenderem em celas sem nenhum alarde? Não. Aquelas pessoas eram genuinamente boas e estavam se sentindo mal por não conseguir transpor o sistema", continuou.
"Eles não falavam inglês, então o tradutor Mohamed, que claramente era uma pessoa de boa alma, disse que esperava que conseguíssemos falar com a embaixada e voltar em outro momento. Eles recusaram nossa entrada com pesar e muito tristes. Depois que Mo foi embora, os policiais se desculparam várias vezes durante todo o processo e até entrarmos no avião. Nós é que deveríamos nos desculpar por não ter a papelada correta. O baile", encerrou Joss, deixando a frase incompleta para dar a ideia de que sua turnê ficou incompleta.
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