Enterro de Caio Junqueira reúne de Louise Cardoso a Rodrigo Santoro: 'Sempre positivo e sexy'
Jonas Torres deixou casa nos EUA para se despedir do irmão
O ator Caio Junqueira foi sepultado às 17h desta quinta-feira (24), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. Ator foi muito aplaudido logo após a cerimônia realizada antes do enterro.
Jonas Torres, 44, deixou sua casa nos Estados Unidos para acompanhar o velório do irmão, o ator Caio Junqueira, que morreu nesta quarta-feira (23).
Também ator, Torres chegou ao muito emocionado e chorando. Ele ficou abraçado a um amigo. Depois do enterro, disse que não tinha condições de falar com a imprensa. A mãe, Maria Inez Torres, também preferiu ficar em silêncio. Rodrigo Rocha, o amigo da família que acompanhou todo o caso desde o início, pediu que os jornalistas não se aproximassem dela.
Caio Junqueira morreu aos 42 anos, uma semana após ter sofrido um grave acidente de carro.
As atrizes Mariana Ximenes e Louise Cardoso foram as primeiras a chegar no local, por volta das 11h30, embora o enterro deva ocorrer apenas às 16h30.
Mariana, que trabalhou com Junqueira em uma peça produzida por Louise, relembrou o começo da carreira no Rio ao lado do amigo. "Ele foi uma das primeiras pessoas que me acolheu e estendeu a mão para mim, ao lado da Louise e da turma toda da peça. É muita dor. É difícil. Ele era amigo, leal, alegre", disse.
Já Louise destacou o profissionalismo e a beleza do ator. "Durante a peça 'A Rosa Tatuada', ele recebeu convite para um filme em que ganharia muito dinheiro. Eu falei que ele poderia sair da peça, mas ele não saiu", disse.
"Caio era alegre, tinha um sorriso, sempre positivo, sexy, de escorpião, bom ator para caramba, inteligente, delicado e um grande colega", acrescentou. "Sempre foi um grande ator, uma pessoa maravilhosa. Se Deus quiser, ele vai para um lugar bom. Vai descansar e ficar bem. É muito triste ele ir embora com 42 anos e a gente perder essa pessoa que a gente gosta tanto."
O ator André Ramiro, que viveu o personagem Matias em "Tropa de Elite", disse que conheceu Caio Junqueira, o famoso Neto — ou "06" — durante os testes para o longa, que foi um marco na carreira dos dois. A amizade surgiu quase de imediato.
"Ele me acolheu no início da minha carreira. A gente se conheceu no processo de testes do filme 'Tropa de Elite' e já percebemos que tinha uma conexão especial entre nós. Uma energia especial, difícil de explicar com palavras, daquelas que depois você descobre que era mesmo para ser", disse Ramiro.
O momento mais marcante que viveu ao lado do amigo foi durante uma comemoração relacionada ao filme. "Ele me olhou, bateu no meu peito, me abraçou e disse que eu era um irmão de alma dele."
Ramiro diz que a amizade ia muito além do trabalho. "Mantivemos nossa irmandade para a vida. Nos encontrávamos, eu ia bastante à casa dele, e tínhamos momentos incríveis de muita verdade e ao mesmo tempo de muitas risadas. É assim que quero lembrar dele: com alegria."
Assim como outros colegas, Ramiro citou a alegria, a disposição em ajudar e o largo sorriso de Junqueira como características marcantes dele. "Ele foi um ser humano incrível, de caráter inigualável. Uma pessoa como poucas. Precisamos de mais gente como ele no mundo", afirmou.
Além de familiares e de outros amigos, os atores Danton Mello, Ângelo Paes Leme, Heitor Martinez e Rodrigo Santoro também compareceram ao velório.
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"Caio era muito alegre, muito intenso. Não ia deixar esse mundo sem fazer essa ventania. Claro que a gente não queria que fosse tão cedo, tão jovem. Com tanta energia e tenta coisa por fazer", diz Lúcio Mauro Filho.
"É uma ficha que vai caindo aos poucos. Ele é uma figura que não fazia nada pela metade. Quando a gente fala dessa intensidade é disso. Quem teve a honra e alegria de conviver trabalhando com o Caio sabe da paixão que ele teve pela profissão. Caio tinha muito por fazer. Nem sei como será agora, é inacreditável. Agora vamos fazer por ele, em homenagem a ele, que agora é um anjo protetor", completou.
Tonico Pereira chegou ao velório sóbrio, sem chorar mas emocionado. Ficou por volta de cinco minutos vendo o corpo e foi embora, dizendo que iria trabalhar.
"Trabalhamos juntos em Hamlet. Caio nasceu menino, viveu menino e morreu com a pureza de um menino. Acho isso. Ele sempre foi uma pessoa do bem, no bom sentido da palavra né, porque hoje é muito deformada", comentou.
"As pessoas 'de bem' hoje vão andar armadas. Ele não. Era do bem mesmo. O que mais marca no Caio, em nível de fisionomia é o sorriso. E conviver com ele no dia a dia do teatro foi conviver com alguém que nunca tinha mau humor, o que é muito comum. Mas ele estava sempre para cima. Foi um privilégio trabalhar e conviver com ele por esse período que ele esteve entre nós."
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