Jovem ganha triciclo adaptado de Whindersson, mas caso vai parar na Justiça
Responsável por produzir triciclo sumiu com dinheiro dado pelo youtuber
Diagnosticado com paralisia cerebral ainda na infância, o estudante André Nunes Nachtigall usou o Facebook, em fevereiro do ano passado, para pedir ajuda a um dos seus ídolos, Whindersson Nunes.
Estudante de engenharia da computação, ele pediu "uma força" ao youtuber, com quase 29 milhões de seguidores, para divulgar a campanha que havia criado para comprar um triciclo adaptado que o ajudaria a ir sozinho para a faculdade em Pelotas (RS).
Whindersson, então, surpreendeu na resposta. "Onde é que tem esse troço moço? 'Nois' compra agora!" O youtuber cumpriu a promessa, deu todo o valor correspondente ao triciclo, e a Honda, ao tomar conhecimento do caso, doou o valor relacionado à moto --o triciclo é feito em cima de uma moto. Ao todo, foram doados cerca de R$ 25 mil.
O dinheiro, no entanto, foi depositado diretamente na conta do proprietário de uma empresa responsável por fazer o veículo adaptado, que até hoje não fez a entrega. "Whindersson e a Honda pagaram a ele tudo direitinho e ele sumiu, mas não imaginava que ele fosse assim", lamenta o jovem de 24 anos, em conversa com o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, quase um ano depois.
O caso foi levado à Justiça por Nachtigall, que está recebendo assessoria jurídica de duas estudantes e um professor de direito da universidade onde estuda. Duas audiências já foram realizadas, sem acordo. Segundo o estudante, o empresário que faria o veículo adaptado mora em Ananindeua, no Pará, e foi o escolhido por ele já que é considerado o único no país que faz a documentação para triciclo.
Sem dinheiro e o veículo, ele conta que continua dependendo da mãe para levá-lo à faculdade em uma cadeira de rodas. "Só que ela é cheia de coisas pra fazer também", ressalta.
Após o episódio, Nachtigall afirma que Whindersson chegou a oferecer outro triciclo, que ele não aceitou. A reportagem procurou a assessoria do youtuber para comentar o assunto, mas até a noite desta quinta (3) não obteve resposta.
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