Um funcionário de uma rede de restaurantes, comentaristas de portal e petistas. O grupo humorístico Porta dos Fundos ganhou fama nos últimos anos ironizando com bom humor tipos conhecidos do dia a dia.

Para “Contrato Vitalício”, primeiro longa do grupo que estreia nesta quinta-feira (30), não foi diferente. Thati Lopes, por exemplo, interpreta Fernanda, namorada de Rodrigo (Fábio Porchat), o protagonista da história.

A moça é uma musa fitness, profissão que surgiu em um mundo dominado pelas redes sociais. “Ela foi toda feita no Snapchat”, disse Thati em uma entrevista coletiva para o lançamento do longa.

“Desde que eu soube que faria a Fernanda comecei a olhar todo Instagram e todo Snapchat de blogueiras minhas amigas, e meu laboratório foi feito ali. Eu acordava e já ligava no Snapchat, porque está tudo ali", acrescenta.

"Uma que eu gostei muito foi a Gabriela Pugliesi, tanto que é Fernanda Tagliteli”, completa.

Luis Lobianco, que faz um empresário não muito preocupado com seus clientes, que vive mandando mensagens de voz no celular e só quer saber de faturar, precisou buscar inspiração bem longe da web, no próprio passado.

“Tive um professor uma vez que olhava para o aluno e dizia o que ele iria representar para o resto da vida. Ele me falou que eu só seria bandido e índio. Hoje, me inspiro nele”, revelou.

“Meu personagem é um cara que não ouve ninguém, que não está preocupado com a arte nem com os clientes. Tive dificuldades para fazê-lo, porque não tem nada a ver comigo. Tem uma cena em que eu falo para o Fábio que ir ao teatro é besteira, algo que eu nunca diria”, completa.

João Vicente de Castro também buscou o que já viu e ouviu na hora de criar Luciano, um mendigo que se torna assistente de direção do longa feito por Miguel (Gregório Duvivier).

“Como eu me interesso muito pelas pessoas, tenho um imenso HD na minha cabeça, que guarda informações sobre quem eu já encontrei”, disse o ator ao “F5”. “Eu me baseei em um amigo do meu passado, que as pessoas não vão conhecer, um completo boçal e não ajudava em nada”, conta.

“Sofri bastante para fazer, porque é alguém muito diferente do que eu costumo fazer. Esse papel me levou para além do meu limite”, completou.

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