Astro pornô conhecido pelo tamanho (e eficiência) de seu instrumento de trabalho, Kid Bengala bate no peito para dizer, com orgulho, que nunca falhou. Mas falhou: no ano passado, se candidatou a deputado estadual e foi derrotado —recebeu só 1.106 votos.

Ele não se sentiu humilhado, muito menos desistiu da política. Até pensa numa nova tentativa: dessa vez, quer uma oportunidade para tentar ser vereador de sua cidade natal, Santos (SP).

Filiado ao PTB, ele diz ter recebido convite para disputar o cargo na capital paulista nas eleições de 2016, mas recusou. Kid já concorreu a uma vaga na Câmara de São Paulo em 2008, perdeu com 902 votos.

"Concorrer em São Paulo é como concorrer em um país. Tem que ter uma campanha milionária para se eleger", diz.

Na campanha de 2014, que define como "um carnaval fora de época", ele calcula ter gasto R$ 15 mil. "Se a gente aplicar uma regra de três, com R$ 1 milhão eu ganharia estourado."

Na época, mandou um carnavalesco fabricar um boneco com 2,5 metros de altura, sua réplica de isopor e resina, para acompanhá-lo. Não se converteu eleitores, mas a brincadeira foi um sucesso. "Se foto fosse, voto eu tava feito."

Compenetrado na política, ele afirma ser um participante ativo das manifestações antigoverno. "Não quero só o impeachment [da presidente Dilma Rousseff], quero que o PT acabe."

'BBB' DO SEXO

Há mais de três anos, Kid trocou os filmes pela TV: apresenta a "Casa das Brasileirinhas", uma espécie de "BBB" do sexo, em que ele desempenha o papel de Pedro Bial. É o primeiro reality show pornô do Brasil.

No programa, o ator transa com as candidatas ao vivo, e garante: "Se não levantar, a moça tem o direito de aplicar o fio terra."

O maior astro do mercado adulto reclama que a internet "arregaçou" com as produtoras do ramo, por causa da facilidade que oferece para encontrar conteúdo do tipo de graça, mas diz que a indústria está em ótima fase, mais liberal, com "mulheres mais soltas" e menos preconceito.