Celebridades

'Roberto uniu a América Latina mais do que qualquer político', diz viúva de Bolaños

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Florinda Meza, famosa por interpretar a Dona Florinda do seriado "Chaves", esteve no Brasil nesta quarta-feira (25) para participar do "Programa do Ratinho" (SBT).

Em conversa com jornalistas antes do programa, Florinda falou sobre a perda do marido, Roberto Bolaños, morto em novembro do ano passado, aos 85 anos.

"Sou eu quem dou as condolências a vocês brasileiros pela perda dele", respondeu ela ao receber os pêsames de um jornalista.

"Roberto uniu a América Latina mais do que qualquer político", disse a atriz, que escolheu o Brasil para dar sua primeira entrevista após a morte do marido.

"Escolhi o Brasil porque aqui sempre fomos muito queridos pelos fãs. Roberto sempre foi bem recebido pelos brasileiros, ele ficava muito comovido com o carinho de vocês. Chego a me perguntar se eu realmente mereço tanto carinho!", se emocionou.

Aos 66 anos recém-completados, ela contou como está sendo difícil superar a morte do comediante, com quem viveu por quase 40 anos.


"Não estou me recuperando. Estou sobrevivendo. E duvido que qualquer pessoa no meu lugar teria conseguido superar. Fomos casados por quase 40 anos e trabalhamos juntos por 45. Passei mais tempo da minha vida com ele do que sem ele", lamentou ela, que vestia luto para a entrevista.

"Sou atriz, profissão que me permite controlar meus sentimentos. Fico imaginando quem não é ator, como faz para lidar com isso", continuou Florinda, com lágrimas nos olhos. "E devo dizer... Ele era o melhor homem do mundo".

'GRANDE COMPANHEIRA'

Questionada sobre a relação aparentemente conturbada com Maria Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha, Florinda afirmou que nunca foi de fato muito próxima da colega de elenco fora das gravações.

No entanto ela afirma que sempre se deu bem com todos da série no ambiente de trabalho.

"Edgar Vivar (Sr. Barriga) e Ruben Aguirre (Professor Girafales) sempre foram meus amigos mais próximos. Angelines Fernández (Dona Clotilde) também, por ser uma atriz mais velha, sempre foi uma pessoa que respeitei muito", comentou.

"Já Maria Antonieta, não posso chamá-la de amiga, mas foi uma grande companheira de trabalho. Faz muito tempo que não a vejo", enfatizou. "Vivemos na 'era del morbo'", disse ela, expressão em espanhol que significa espécie de 'era da maledicência', culpando a imprensa pelos rumores de que as duas não se dariam bem.

"Mas se não tivéssemos apreço e tolerância um com o outro, como teríamos trabalhado juntos por 25 anos?".

LEGADO

Três meses após a morte do marido, Florinda já se desfez da casa em que viveu com ele até o fim da vida, em Cancún. Os dois também eram donos de um imóvel na Cidade do México, que também foi vendido.

Sobre as vendas, consideradas precoces, a viúva explicou que tinha vontade há muito tempo de vender as duas casas, mas não o fez pois estava ocupada cuidando de Bolaños, já doente, no final da vida.

"Há muito tempo não íamos para a Cidade do México, porque era impossível viver lá. O clima e a altura da cidade eram uma sentença de morte para o Roberto", explica ela. "Eu já tinha vontade de vendê-la há muito tempo, mas nos últimos cinco anos não tive cabeça nem tempo para cuidar disso".

"Já a casa de Cancún era gigante. Acho que exageramos quando construímos a casa, era uma mansão! Ele tinha seis filhos e doze netos, então fizemos aquela casa enorme achando que estaria sempre cheia, mas agora nos últimos anos ela tem ficado bem vazia".

Cuidando agora dos licenciamentos das marcas de Bolaños, Florinda afirma que está trabalhando em um desenho animado do Chapolin, e que, por enquanto, não há mais projetos em vista.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias