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'Não vivo às custas do Raimundos', diz Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda

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O cantor gospel Rodolfo Abrantes, 41, comentou a repercussão de uma recente entrevista que ele deu à revista "Trip" entre seus ex-companheiros da banda Raimundos.

Na última terça-feira, os músicos Digão e Canisso usaram suas contas de Facebook para criticar Rodolfo por viver até hoje dos direitos autorais das músicas do grupo, mesmo dizendo estar completamente arrependido de sua obra.

Em nova declaração para a "Trip", Rodolfo afirmou que não vive às custas da banda e que sente muito por ter magoado seus fãs e ex-colegas com suas declarações.

"Fico triste com a dimensão e o rumo que minha entrevista tomou, e creio que devo explicações a todos que se sentiram desapontados ou ofendidos por minhas declarações. Nunca foi minha intenção denegrir, expor ou culpar qualquer pessoa pelos problemas que tive no passado que não fosse eu. Por isso, minhas sinceras desculpas aos fãs e integrantes do Raimundos, que possam ter levado pra esse lado", desabafa o cantor.

E sobre as acusações de viver dos direitos autorais de suas antigas músicas, ela comentou: "Sinto também que devo, de forma abreviada, explicar como recebo direitos autorais. Desde 1994 recebo royalties pelas canções que escrevi ou tive alguma participação. Sou compositor e essa é minha principal fonte de renda. É lícito, é digno, me permite pagar tributos e me permite servir à igreja voluntariamente, por amor e sem precisar cobrar altos cachês".

"Nesses vinte anos lancei, se não me falha a memória, onze CDs. Seis com o Raimundos, dois com o Rodox, quatro do meu ministério, além de várias participações nos projetos de bandas como Charlie Brown Jr., Natiroots, Strike, Pregador Luo. Artistas como Nengo Vieira e Lucas Souza também regravaram algumas canções de minha autoria. A instituição que arrecada os valores que tenho direito como autor, repassa mensalmente o que me é devido, num só depósito. Portanto, eu não vivo às custas do Raimundos, mesmo porque eu não toco nenhuma música deles. Eu recebo os direitos autorais por toda obra que escrevi durante minha vida", continuou.

"Também entendo que num país onde vivemos uma declarada perseguição religiosa (e todo esse barulho é 100% por causa da minha fé) é quase que prazeroso chamar um cristão de hipócrita. Nada que eu nunca tenho ouvido, aliás, há 13 anos é o mais leve que eu ouço. Não sou, nem tento passar a ideia de alguém perfeito. Sou, sim, um pecador que é totalmente dependente da misericórdia de Deus. Espero melhorar com o tempo, e peço ao Senhor que me dê mais sabedoria quando falar", desabafou o cantor gospel.


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