Zoológico descobre que gorila criado por quase sete anos como macho é, na verdade, fêmea
Funcionário diz que ser difícil determinar sexo dos gorilas
Funcionários de um zoológico na Inglaterra tiveram ficaram surpresos ao perceber que um gorila de seis anos de idade, tratado até então como macho, era, na verdade, uma fêmea.
Kukena, como é chamado o animal, nasceu no Zoológico de Bristol em 27 de setembro de 2011, filho da gorila Salomé com o macho Jock, o líder do bando. Recentemente, porém, os cuidadores do gorila notaram mudanças surpreendentes em seus órgãos sexuais e comportamento.
Funcionário sênior responsáveis pelos animais no zoológico, John Partridge disse que, reconhecidamente, é difícil determinar o sexo dos gorilas. "Nós temos uma política estrita de não tocar nossos animais", acrescentou ele. "E como pode ser difícil de determinar o sexo deles, Kukena vinha sendo considerado um macho."
"Ela é uma jovem saudável e não havia motivos para realizarmos exames de saúde mais invasivos durante a sua vida no zoológico (que pudessem ter permitido apontá-la como fêmea antes)."
O zoológico disse que só foi alertado recentemente sobre o verdadeiro gênero de Kukena, apelidada de Kuki, quando ela teve seu primeiro cio e a sua genitália se tornou mais evidente.
A descoberta surpreendente é uma notícia positiva para o futuro da espécie, que está gravemente ameaçada, já que atualmente há menos fêmeas do que machos nos zoológicos do mundo.
Agora, o futuro do animal deve ser discutido com o coordenador de gorilas do Programa Europeu de Espécies Ameaçadas. A intenção é que nos próximos anos ela seja transferida para outro zoológico com o objetivo de dar continuidade ao programa de reprodução da espécie.
Em nota publicada no site do zoo, Partridge afirmou que a descoberta não vai mudar a forma como o zoológico administra seu grupo de gorilas, composto por sete animais.
Kukena é tia da gorila Afia, que lutou para sobreviver depois de nascer de uma rara cesariana de emergência, em 2016.
Os animais são da subespécie gorila-ocidental-das-terras-baixas, a mais frequente nos zoológicos. Eles vivem em pequenos grupos familiares compostos por um macho dominante e entre 5 e 7 fêmeas adultas, além de outros machos não dominantes.
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