Dia do psicólogo: 5 dicas de saúde de mental para enfrentar o final de 2022
Tome as rédeas de sua vida e supere complicações trazidas da pandemia
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Aproveitando o Dia do Psicólogo, celebrado neste sábado (27) no Brasil, o Personare reuniu um time de psicólogos para compartilhar dicas de saúde mental para enfrentar este final de 2022.
Após conviver por tanto tempo com os efeitos da pandemia, não é possível mais adiar a reflexão sobre o enorme preço que ela causou à nossa saúde mental. Quem aponta isso é o Relatório Mundial de Saúde Mental, da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em junho.
"A saúde mental é muito mais do que a ausência de doença: é parte intrínseca da nossa saúde e bem-estar individual e coletivo", destaca o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ainda segundo o documento, doenças que já eram comuns, como depressão e ansiedade, aumentaram em mais de 25% só no primeiro ano da pandemia. E somaram-se aos quase um bilhão de pessoas que já viviam com algum transtorno mental.
Em artigos publicados no Personare, você encontra outras práticas que podem ajudar a aliviar e transmutar quadros de ansiedade, depressão, luto, distúrbios de apetite, insônia, déficit de atenção, entre outras doenças e sintomas.
Além de tentar seguir as dicas sugeridas a seguir por cinco psicólogas, aqui no Personare você pode agendar online consultas virtuais e presenciais com terapeutas do mundo todo.
CINCO DICAS DE SAÚDE MENTAL
> CLAUDIA QUADROS: Escreva para si
Uma carta por e para si, desabafando por escrito tudo o que se passa dentro de você, é uma dica valiosa. Nesse sentido, escreva de preferência uma conversa entre você e o sintoma. Podem ser:
> cartas de amor, explanando o quanto sua dor da perda revela seu amor por alguém
> cartas de desabafo sobre alguma situação dolorosa ou injusta
> cartas de indignação por doença ou mesmo tristeza.
O processo curativo se encontra em colocar as emoções no papel para que abra um espaço interno de alívio e desprendimento. Não existe uma meta, faça quantas cartas quiser ou achar necessário.
O mais importante é o movimento de colocar para fora um sentimento esteja te aprisionando. Não é necessário mostrar ou ler para ninguém as cartas. Mas se sentir segurança, leia para si mesmo em voz alta e verá suas emoções se transformarem.
> MARIA CRISTINA: Pare de brigar com a realidade
Geralmente, o que causa grande parte do nosso sofrimento é o pensamento sobre como as coisas deveriam ser diferentes daquilo que de fato são. Ou seja, o pensamento sobre o problema costuma ser bem maior que o problema em si.
É muito comum que aqueles que passam por crises de ansiedade sejam levados por pensamentos terríveis sobre um fato que nem sempre é tão terrível assim. A melhor ferramenta ao nosso alcance é estar no agora.
É impossível não pensar, mas é totalmente possível perceber melhor quando um pensamento aparece e gera emoções desconfortáveis, para que eu possa então questioná-lo. Veja sugestões de perguntas no vídeo abaixo.
Mas saiba que as perguntas nos auxiliam a ficar no aqui e agora e amar a realidade como ela é. Mas o que vai mudar de fato a sua vida é você se responsabilizar sobre ela e começar a trilhar um caminho próprio seguindo lado a lado com a realidade como ela é.
> DANIELLE PINHEIRO: Vá aos poucos
É muito comum quando a pessoa passa muito tempo em casa, como foi a época da pandemia, ficar com medo de sair na rua. O mundo parece mais ameaçador do que antes.
Por isso, é importante fazer coisas gradativas, como, por exemplo, começar a descer de elevador. Depois que sentir segurança fazendo isso algumas vezes, expanda até a portaria. Assim, repita ações como essa até ter a segurança destes comportamentos.
Porque o cérebro aprende por repetição e desarma a amígdala, que se sente segura com esta nova ação. E gradativamente a pessoa deve ir ampliando seu raio de ação, de conexão com o ambiente e outras pessoas se for o caso.
> LUISA RESTELLI: Ouça o seu corpo
O corpo é um grande canal de escuta para os nossos processos emocionais. Sabendo ouvi-lo, você pode compreender o que está precisando para se reequilibrar, quais movimentos e caminhos seguir e, também, o que está precisando olhar e trabalhar internamente.
Por isso, eu te convido: pare um instante, agora, e sinta seu corpo. Perceba o que está presente nesse momento.
Uma forma de trilhar esse caminho de maior compreensão pode ser com acompanhamento profissional pela psicoterapia corporal (saiba mais aqui), em que um profissional irá te ajudar no desenvolvimento da autopercepção e te entregar ferramentas para elaborar e integrar esse processo.
> LUIZA CAMARGO: Pratique a atenção plena
A prática da atenção plena, conhecido como mindfulness (saiba mais aqui), principalmente se associada à psicoterapia, traz benefícios para se relacionar de uma nova forma com o sofrimento.
Ao colocar o foco gentilmente na respiração, ela funciona como uma âncora para te manter no momento presente. Assim, quando a mente se distrai em meio aos pensamentos, você nota essa distração e retorna à respiração.
Perceber a distração de forma gentil, sem autocrítica, faz parte do processo, pois grande parte das vezes a mente está inquieta.
Nesse sentido, estar em contato com a respiração pode mudar o ponto de vista de como você lida com a situação, criando abertura e espaço à curiosidade para explorar os desafios. Busque o acompanhamento de um profissional qualificado para te apoiar.
Quer experimentar a prática de mindfulness a seguir? Ela faz parte do "Medita e Vai", iniciativa de meditações guiadas ao vivo, feitas três vezes por semana no Instagram do Personare, com diferentes especialistas.