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BBB 22: Tadeu Schmidt faz balanço dos 50 primeiros dias à frente do reality

Com programa na metade, apresentador diz ainda estar descobrindo coisas

Tadeu Schmidt - Fábio Rocha/Globo

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São Paulo

Com previsão de ser exibido durante 100 dias, o BBB 22 (Globo) chega nesta segunda-feira (7) à metade. Se os participantes não caíram no gosto do público, deixando a disputa daqui para a frente pouco previsível, o mesmo não se pode dizer do novo apresentador, Tadeu Schmidt.

O ex-Fantástico assumiu o programa nesta temporada, após a gestão de Tiago Leifert, e vem colhendo mais elogios que críticas nas redes sociais. "Eu não sabia que seria tão acolhido e receberia tanto carinho das pessoas", afirmou em entrevista cedida à Globo. "E continuo recebendo. Tem sido maravilhoso!"

"Claro que tem gente que entra para criticar uma coisa ou outra", contou. "Mas isso é tão pequeno diante do carinho que eu estou recebendo que eu diria que a interação com o público é absolutamente positiva, e eu pretendo levá-la até o fim da temporada."

O apresentador disse que viver o programa por dentro é muito diferente de como espectador. "'Só estando aqui dentro para saber' é uma frase clichê, mas é verdadeira", conta, lembrando algo que é muito dito pelos confinados. "É de fato uma experiência única. Como apresentador eu também me surpreendi. Imaginava que seria uma experiência muito intensa, muito forte, e é mesmo! É absolutamente especial."

Ele também contou quais são seus momentos preferidos no reality. "O que eu mais curto é conversar com os participantes, acompanhar as provas e o momento do discurso de eliminação", afirma. "Não necessariamente nessa ordem."

Em alguns desses momentos, aliás, ele tem se destacado aos olhos do público. As narrações de provas têm sido elogiadas por terem ganho uma empolgação típica de locutor esportivo. "Desde que eu fui chamado para apresentar o BBB eu imaginei que as provas seriam um momento especial, que eu curtiria muito", afirmou.

"Quando elas acontecem, eu simplesmente tenho a intenção de chamar a atenção do espectador para cada detalhe", explicou. "Por exemplo, 'se acontecer isso agora, a prova pode ser definida'. Ou 'atenção porque se fulano fizer aquilo, ele passa à frente de beltrano'. São inserções para as pessoas acompanharem a prova não simplesmente vendo o que está acontecendo, mas sabendo a importância de cada momento."

Ele diz que isso surgiu naturalmente. "Eu adoro essa parte porque são narrações de provas que a gente não está acostumado a assistir, que não são comuns", comentou. "Nem o Everaldo Marques, que acumula narrações de diferentes modalidades esportivas, nunca narrou, por exemplo, a montagem de sanduíche, como eu narrei (risos). É divertido demais!"

Já os discursos de eliminação têm sido elogiados por sempre darem toques importantes para quem continua na disputa —mesmo que nem sempre sejam percebidos por quem está dentro da casa. "O público, muitas vezes, já suspeita mais quem é o eliminado, mas mesmo assim eu gosto de deixar público e participantes com o suspense até o fim", revelou. "E isso é muito difícil porque tenho que incluir no texto coisas que sejam importantes para quem é eliminado, mas que também falem com os demais emparedados. Esse é o grande desafio."

Mas não o único. "Às vezes estou falando meu texto e vejo, de canto de olho, no monitor, uma lágrima escorrendo no rosto de alguém que pode ser eliminado", lembrou. "Eu tenho que me segurar para não ser tomado pela emoção e acabar não conseguindo terminar o discurso."

"Ver a reação deles, o alívio de quem fica, a emoção de quem vai embora, a tristeza de quem está perdendo um amigo dentro do jogo, é muito forte, mexe muito com a gente", afirmou. "E acho que isso vai ser cada vez mais forte daqui para frente."

Nos próximos 50 dias, Tadeu acredita que os participantes ainda vão viver muitas emoções. "Sinto como se houvesse uma tensão crescente na casa e não vejo possibilidade de ela diminuir", avaliou. "Há grupos muito bem definidos, com uma pessoa ou outra circulando entre eles. Mas, em algum momento, algum desses grupos pode se esfacelar e as pessoas vão ter que se reposicionar."

"Isso vai ser muito curioso porque eu não imagino o que pode acontecer", disse. "É muito provável que a gente se surpreenda. Eu tendo a apostar que momentos decisivos do jogo vão acontecer de maneiras totalmente inesperadas."

Ele diz que continua empolgado e feliz com a missão de apresentar o programa, mas que sua rotina mudou muito nos últimos 50 dias. "Em casa, eu acordo e já ligo no Globoplay", contou. "Passo o dia inteiro assistindo. Já me peguei várias vezes pensando na vida e falando: 'É, acho que vou mudar de canal porque eu estou há meia hora ouvindo uma pessoa roncar. Vou ver um noticiário enquanto isso (risos)'."

Quando não está assistindo, ele pode contar com pessoas da equipe que lhe passam tudo o que ocorreu na casa. "Lidar com a equipe do BBB dá muita tranquilidade", comemorou. "Nenhuma decisão que eu tomo é sozinho, sobretudo porque cheguei nesta temporada e, mesmo depois de 50 dias, ainda estou descobrindo muitas coisas. O convívio com o time do BBB é muito bacana."

Porém, nada se compara ao momento em que termina o trabalho e entra o pai de família. "Assim que acaba o programa, eu, minha mulher e minhas duas filhas fazemos uma ligação de vídeo em grupo para comentar tudo que aconteceu", revelou. "Todos os dias. Isso é algo que eu vou levar para sempre na minha memória, um contato com a minha família de um jeito muito legal e prazeroso. É uma mesa redonda da família Schmidt assim que acaba o BBB, bom demais!"