Televisão

Jovem Pan mantém 2º lugar em ano conturbado e espera retomar monetização no YouTube

Canal de notícias mudou perfil e dispensou radicais; expectativa é 2024 com volta de dinheiro de plataforma de vídeos

Rafael Colombo é âncora do Jornal da Manhã, da Jovem Pan - Divulgação/Jovem Pan

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A sensação de muita gente na Jovem Pan ao fim de 2023 é a de que a situação do canal de notícias de Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, está bem mais tranquila em comparação ao que foi.

Se estava pressionada no início do ano e processada por inflar movimentos antidemocráticos, agora a expectativa é até positiva para o ano que vem.

A Jovem Pan fechou como vice-líder de audiência entre os noticiosos da TV paga neste ano, vencendo a CNN Brasil e atrás apenas da GloboNews.

O processo movido pelo MPF (Ministério Público Federal) está suspenso para que as partes cheguem a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). A primeira proposta foi negada, mas existe boa vontade e otimismo de que não haverá consequências mais graves como se cogitou.

Mas a grande mudança foi no ar. A Jovem Pan dispensou todos os nomes considerados extremistas, como Tiago Pavinatto, Antonia Fontenelle e Zoe Martinez, e apostou em uma linha ainda ligada à direita, mas menos exaltada.

Internamente, a grande expectativa é para que se volte a receber dinheiro dos canais da Jovem Pan no YouTube. A suspensão, na teoria, termina em janeiro. Salvo surpresa de última hora, o dinheiro deverá voltar.

"Nós questionamos o Google sobre o que estava errado, e ajustamos como eles pediram. Temos certeza que iremos normalizar", diz André Ramos, diretor de Jornalismo da Jovem Pan. Estima-se que, no auge, a Jovem Pan tenha recebido até R$ 20 milhões por mês com a plataforma.

A Jovem Pan investiu também em pratas da casa e trouxe novos rostos. Rafael Colombo, ex-âncora da CNN Brasil e da Band, comanda desde setembro o Jornal da Manhã. Desde a estreia, venceu a sua antiga casa nos números de audiência e chega a se aproximar do canal de notícias da Globo.

"O jornal que eu faço, se colocar na grade de qualquer outro canal, em qualquer outro horário, é um jornal muito competente. Nesse horário, é uma coisa bem produzida, bem feita. Para quem é de São Paulo, o Jornal da Manhã tem um outro patamar. O horário da manhã tem um zelo maior, pela cultura do rádio", diz Colombo.

Junto com a entrada de Colombo, a Jovem Pan também deu mais espaço na TV para nomes já conhecidos do rádio na emissora. É o caso de Thiago Uberreich, que passou a ser apresentador do Jornal Jovem Pan, exibido em horário nobre, desde setembro. Ele está desde 2005 na empresa.

"Faz parte da minha vida, eu ia para a escola ouvindo a Jovem Pan. Para mim, está sendo uma surpresa muito legal, ainda mais fazendo uma competição com nomes como Márcio Gomes e o Em Pauta na Globo News", diz Uberreich, que, em relação à linha editorial, garante jamais ter sofrido interferência em seu trabalho.